É, eu sei que estamos em agosto ainda. Mas em Brasília as coisas são diferentes: assim como Coronel Fabriciano (será que é sina?), a cidade tem só duas estações: inverno e inferno. E o inverno dura bem pouquinho (em Brasília mais que em Fabriciano, o que já é vantagem). Ou seja, mesmo que no calendário oficial nem a primavera tenha começado, hoje foi meu primeiro dia de verão de 2016.
O que marcou a data? Fácil: tomei banho no meio do dia e fui obrigada a desligar o chuveiro elétrico, de tão quente que a tarde e a água estavam. Aproveitamos e tiramos o edredom gordo da cama (já tinha umas noites em que a gente mais o chutava do que ficava debaixo dele). Também abrimos todas as janelas do apê (fazia um tempo que isso não era necessário) e checamos todas as telinhas (eu já disse que a gente mora cercado de árvore, né?).
Decidi que, este ano, não vou sofrer tanto quanto em 2015. Chegamos a Bsb em 2 de setembro e senti muitíssimo calor durante vários meses. Alugar apartamento, montar casa e nos instalarmos na cidade sem carro não foi fácil. Além disso, eu tinha um horário bizarro no trabalho, o que fazia que volta e meia eu almoçasse perto de casa, sob o sol impiedoso, e pegasse o ônibus para a Esplanada quase meio-dia, de roupa social e sapatos fechados.
Dessa vez, vou fazer de tudo para escapar desse horário e ficar no trabalho (que tem ar-condicionado!) durante as horas mais quentes do dia. Também não vou pensar duas vezes antes de ligar o circulador de ar em casa. Além disso, vou trocar o chazinho quente que eu tomo o dia todo (já que não gosto de café) por água, suco ou chá gelados. Outra coisa é substituir as calças de caminhada por shorts. E usar a banheira do apartamento como uma piscininha.
Mas o plano maior para sofrer menos é instalar ar-condicionado no quarto. Em muitos lugares, à noite a temperatura cai. Em Bsb, nem sempre. O calor é tanto que fica até difícil dormir.
Quando resolvemos viver de maneira mais simples, também combinamos que não íamos deixar a (minha) pão-durice nos privar de alguns confortos. Um aparelho de ar-condicionado não é barato, mas também não vai quebrar o banco. O mais chato e complicado vai ser a instalação mas, considerando que o frio só volta em junho do ano que vem, acho que vai valer a pena.