domingo, 28 de novembro de 2021

Eu só quero chocolate

Desde criança sou doida com chocolate. Como lá em casa minha mãe era adepta da alimentação saudável, chocolate só aparecia de vez em quando. É lendário o caso de umas férias no sítio em que, depois do almoço, eu e minha irmã ganhávamos dois Bis. Dois! Desenvolvi toda uma técnica para separar as quatro camadas do Bis e degustá-las separadamente, deixando as das extremidades (que tinha chocolate por fora e recheio por dentro) para o final. 

Uma das maneiras com que o Leo me conquistou foi me dando chocolates. E com ele não tinha miséria: nada de dois Bis! Eram barras de 200 g (sim, naquela época elas ainda existiam) ou caixas de bombons. Na Páscoa, vários ovos, dos grandes. Uma maravilha. O mais legal é que, hoje, o Leo continua me dando chocolates. Comentei isso com ele, que respondeu, sorrindo: "Em time que está ganhando não se mexe". Quem sou eu para discordar. 

Falando em Páscoa, outro episódio marcante da minha infância foi de um tio que esteve hospedado em nossa casa e, ao partir, deixou um ovo de chocolate de 1 kg, bem na época em que eles começavam a ser lançados. Me lembro até hoje da grossura da casa. Claro que ele foi consumido em doses módicas, tipo um pedacinho por dia. 

Um dos meus sonhos de criança era ser adulta para comer chocolate até cansar. Eis um sonho que foi plenamente realizado. Às vezes, depois de comer um tantão, olho melancolicamente para o resto da barra e declaro: "Acho que não gosto tanto de chocolate mais." Claro que essa sensação só dura até o dia seguinte. 

Tudo isso não quer dizer que eu seja uma refinada apreciadora de chocolate amargo com mais de 70% de cacau. Não recuso, mas gosto mesmo é de chocolate ao leite - e suas variações e recheios. 

Quando descobri a existência da Suíça, brincava que queria morar lá por causa dos chocolates. E não é que, mais de 30 anos depois, estou indo mesmo?

Cesta básica

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Saiu o próximo posto!

Fiz um bocado de charme, mas agora posso contar: o resultado do plano de remoção saiu adiantado e o futuro está definido.

Vamos para a Suíça!

Mais especificamente, Zurique, o centro financeiro e a maior cidade (embora a capital seja Berna). 

Em 2019 eu estava indo pra Moscou e terminei em Manila; dessa vez não teve reviravoltas. Recebi um convite com bastante antecedência, fizemos mil planos e pesquisas e deu tudo certo!

Por isso eu estava (estou) estudando alemão. Muita gente fala inglês em Zurique, mas língua corrente mesmo é o... alemão suíço, uma variação do alemão clássico. Como os jornais, tevê e comunicados oficiais são em alemão clássico (que os suíços dessa região aprendem na escola), a recomendação é que se aprenda esse primeiro. 

Estamos animadíssimos. Os preparativos vão a todo vapor. 

Uma das maiores vantagens que a gente vê na Suíça é o fato de conhecê-la muito pouco. No sabático, nos a evitamos - basicamente por ser muito cara. Agora, morando lá, a coisa muda de figura: vamos ter a oportunidade de explorar bastante! 

Para não dizer que nunca fomos por aqueles lados, em 2008 passamos uns dias (bem frios, bem fechados) pela terras helvéticas:

Em Genebra, em frente ao lago Leman


Um dos mais importantes pontos turísticos de Zurique

Mal podemos esperar para voltar! 

domingo, 21 de novembro de 2021

Manila Bulletin

As restrições têm melhorado bastante em Manila. Esta semana, para nossa grande alegria, caiu a exigência de usar o maldito face shield, a placa de plástico que não protege contra a Covid, aperta atrás das orelhas e embaça a vista. O Leo ameaçou fazer uma fogueira com os exemplares que ainda temos em casa mas, prudentemente, preferimos guardá-los por alguns dias (vai que o governo muda de ideia). 

Embora a máscara continue obrigatória (e eu usaria mesmo se não fosse), os vacinados agora podem entrar em restaurantes (que continuam servindo só uma parcela da capacidade máxima) e em cinemas (com 40% de lotação - prefiro não, obrigada). O melhor é que, depois de 18 meses, finalmente as crianças podem ser de casa. Agora elas estão nas ruas, numa alegria só. 

Outra liberação bacana é a da piscina no prédio. Não precisa mais marcar hora! Podemos brincar na água a qualquer momento. Claro que, justamente por isso, estamos nadando menos. É o paradoxo da disponibilidade. 

O que estamos fazendo é aproveitar para frequentar lugares que não conhecíamos e voltar aos mais legais. Como em Manila os bares e restaurantes são razoavelmente baratos, o plano é ir a vários... porque no próximo posto vai ser complicado. Sem falar que precisamos fazer o que quisermos na cidade de uma vez, porque não temos muito tempo pela frente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Habemus datas

Finalmente tenho datas e posso organizar a vida. Aêêê! Em 30 novembro, vou saber com certeza com qual será o próximo posto (eba!); a partir de 13 de dezembro, sai a autorização para partir de Manila (duplo eba!). 

Sim, o próximo posto está combinado, mas a coisa só é definitiva quando sai o resultado do plano de remoção. Não estou preocupada porque, se der uma zebra, as outras opções também são na Europa. Ou seja, mesmo se der errado, vai dar certo. Aí o parco alemão que aprendi até agora vai ser usado nas férias mesmo. 

Combinei com a chefia de partir 30 dias depois da autorização.  A verdade é que a gente queria ir no dia seguinte, mas sempre tem umas burocracias que não tem como resolver antes. 

Ou seja... se tudo der certo, em 13 de janeiro estaremos dando adeus às Filipinas e embarcando. São menos de dois meses, e tem natal e ano novo no meio. 

Vai passar voando. 

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

O caso do cabelo arrepiado

Tenho cabelo e pele oleosos desde que me entendo por gente. Houve uma época em que não usava nem condicionador, porque não precisava. 

Cabelo oleoso, no meu caso, é sinônimo de cabelo lambido. Então toca a comprar xampu de volume e agitar as raízes na hora de secar. 

Só que faz uns anos que meu cabelo - sempre tão facinho de cuidar - começou a ficar ressecado e arrepiado. Junta isso com uns fios brancos, que são muito doidos e fininhos, e pronto. 

Passei uns óleos e uns cremes sem muito sucesso. Tem a ver com envelhecimento, pensei. É natural o cabelo ir mudando. Se o da minha irmã mais velha passeou de ondulado para cacheado depois da gravidez! 

Agora entendo porque tantas mulheres mais velhas cortam o cabelo curto. É porque ele fica chatonildo. 

Estava pensando se essa seria a solução - e lembrando que quem tem cabelo curto tem de ir com uma frequência mínima ao cabelereiro, o que me enche de desgosto - quando me dei conta de que provavelmente não tenho mais cabelo oleoso. Tenho cabelo seco, e estou tratando como se fosse oleoso. 

Não custa tentar. Comprei um xampu e um condicionador australianos para cabelo "muito seco", um óleo de finalização, e vamos ver no que dá. 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

De volta, por enquanto

Decolamos em Barcelona e, 22 horas e 32 minutos depois, estávamos em casa. Agora vão ser 10 dias de quarentena, e eu volto a trabalhar - a distância - amanhã mesmo. 

Foi ótimo. Encontramos amigos, andamos a pé loucamente (em torno de 20 mil passos por dia, o que para mim são mais de 13 km), bebemos e comemos como se não houvesse amanhã. Continuo tendo como missão pessoal experimentar todo caramel salé que me apareça pela frente (original e derivados). E pegamos dias lindos de outono, ensolarados e frescos. Sem falar das belas folhas amarelas - e às vezes vermelhas - da vegetação. 

Sempre volto de viagens animada, cheia de energia e entusiasmo. Eu me esqueço de como tirar férias e mudar de ares faz bem. 

Dessa vez a animação é dobrada, porque podemos começar os preparativos para a próxima mudança. Europa, nos aguarde!