sábado, 12 de junho de 2010

O Caso Dessa Vida

Eu não acredito em destino, nem em carma, nem em mapa astral. Entendo que seja muito reconfortante crer nessas coisas, porque aí a responsabilidade pela nossa vida deixa de ser totalmente nossa. E ela nem é totalmente nossa mesmo: há um monte de fatores sobre os quais a gente não tem controle. Eu, por exemplo, dei a sorte danada de nascer em uma família de classe média, em um país onde não há guerra civil, em uma área em que não há desastres naturais, e bem espertinha (pelo menos eu acho), pra completar.

Mas que a vida dá reviravoltas inesperadas (e toma rumos inimagináveis), isso dá. E que às vezes tudo faz sentido (e se encaixa como mágica), isso faz.

Se a gente pensar bem, isso depende muito de como encaramos a realidade. Se você tem um monte de interesses e vê cada mudança como uma oportunidade, fica mais fácil se adaptar e achar tudo bom. Estou pensando em mim: nunca cogitei em sair de BH. Fui para o interior imaginando em voltar o mais rápido possível. Gostei tanto que fiquei 6 anos. (Bônus: começar um casamento longe de ambas as famílias é fantástico, vão por mim.)

Aí Maridinho decidiu fazer concursos. E pode ser chamado para Brasília. Então vambora, oras. Vou perder a tranqüilidade e o baixo custo de vida do interior, mas vou poder assistir a aulas na UnB. E não é que eles estiveram em greve e o segundo semestre vai começar só em setembro, assim que eu chegar lá?

Em sorte eu acredito.


3 comentários:

  1. Posso entrar na brincadeira? Então tá: marido nasceu em Juiz de Fora/MG; nasci em Esperança/PB; ele mudou pro nordeste por causa do emprego do pai, foi estudar em Campina Grande, cidade vizinha à minha; namoramos na faculdade. Ele passou no concurso, foi pra BH, eu fiquei; separamos. Passei no mestrado e mudei pra Floripa, fiquei. Ele foi transferido pra Floripa, sem eu saber; enquanto eu, sem ele saber, entrava no mesmo órgão que ele. Reencontro, casamento, filhos, oito anos depois. :-D

    Destino, sorte? Whatever. I like it.

    Bjs!
    Rita

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  2. rita: que coisa massa! eu nao sabia de nada disso! hehehe

    acho que tambem dei sorte. de todas as cidades que o marido tinha pra escolher pra fazer intercambio no brasil, ele escolheu a que eu morava. e foi pra universidade que eu estudava. com a ajuda de minha melhor amiga. uma coisa levou a outra e agora sou eu que tou na frança por causa dele. ai, tambem acredito em sorte! e acredito mais ainda no que voce disse: "começar um casamento longe de ambas as famílias é fantástico". ;)

    beijos!

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  3. ai! ainda posso esperar um maridinho chegando de longe pra mim por pura sorte? =)
    lud, vc em bsb vai ser fantastico! =)

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