domingo, 27 de novembro de 2022

Eu ontem fui à França

No sábado eu e o Leo acordamos cedo (ele, como sempre) e decidimos dar um pulinho em um país vizinho. Temos um passe de viagem na Suíça que nos levou até a Basileia, na tríplice fronteira (Suíça, França e Alemanha). De lá compramos uma passagem de trem até Mulhouse, uma cidadezinha francesa cujo nome lembra o amigo do Bart Simpson. 

Basileia (ou Basel, ou Bale, em francês) é muito bonita. Fiquei impressionada. Acho que é influência da França, viu. 

Spalantor, um dos portais da antiga muralha de Basel

Mulhouse é bem pequena, mas tem um centrinho histórico arrumado, tomado pelo mercado de Natal. Compramos belas nhá-bentas (que na França se chama guimauve) de diversos sabores e eu tomei uma cerveja quente com aroma de cereja. Sim, é tão ruim quanto o nome sugere. 

Com estamos no fim do outono, tem anoitecido bem cedo: às cinco e pouco da tarde já está escuro e o meu corpo acha que são oito da noite. A vantagem é que vimos a decoração de luzes de Natal de Mulhouse antes de pegar o trem de volta para casa! 

Feira e iluminação de Natal em Mulhouse

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Balagan

Aprendi uma palavra nova: balagan. Balagan quer dizer confusão em hebraico, e quem me ensinou foi um amigo que está morando em Tel Aviv. Andei sumida, sumidíssima, porque minha vida esteve um grande balagan. 

Primeiro houve um projeto grande no trabalho que durou meses, envolveu uma grande quantidade de gente, sugou muitas horas de trabalho e botou minha ansiedade no teto por semanas (a ponto de eu perder peso porque eu estava com um nó no estômago. Sim, procurei um médico. Sim, agora estou bem).

A primeira fase do projeto foi o maior balagan. A segunda se desenrolou melhor. No fim das contas, deu tudo certo. E, 48 horas depois da entrega, eu estava de volta ao normal, o que significa, claro, que não havia razão para tanto sofrimento. Sim, eu sabia disso. Não, saber não resolveu. 

Aí encaixamos uma viagem de uma semana e meia a Israel. Foi maravilhoso. 

Verdade que meu planejamento de viagem foi um balagan. Confiei nas aulas de Catequese da escola e no fato de ter o lido o Exodus, do Leon Uris, na adolescência. Arrumei uns livros sobre Jerusalém e não passei do segundo capítulo. Fiz a mala de véspera e esqueci um monte de coisas: condicionador, óculos escuros, boné e, o mais importante, calcinha. Bom que chegamos a Tel Aviv no meio tarde, o comércio estava aberto e consegui comprar novas na primeira loja onde entrei. 

Conhecemos Tel Aviv, Jerusalém, o Mar Morto, Narazeth, Tiberíades (às margens do Mar da Galileia). Adorei tudo Não sou religiosa, mas gostei muito de visitar os lugares santos das três religiões: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo. 

(Sim, quando se fala em Israel há toda a questão política envolvida. Foi algo sobre o que conversei bastante durante a viagem. É um tema complexo e, apesar de eu ser bastante otimista, não sei se há uma solução à vista, ainda mais com a extrema-direita subindo ao poder.)

Voltei da viagem feliz e animada. Não é à toa que antigamente, quando não existiam medicamentos para a depressão, os médicos mandavam o paciente viajar. O bom é que na segunda semana de dezembro embarcamos de novo. Não tive férias no segundo semestre e agora vou tirar a desforra.  

Ano que vem, em Jerusalém... já estou pensando no retorno.