sábado, 28 de julho de 2018

A bicicletinha

Aprendi a andar de bicicleta tarde, lá pelos 12, 13 anos - em uma Caloi Ceci que minha irmã mais velha ganhou quando completou 7. (Por que ela aprendeu aos 7 e eu, que tinha 6 na época, gastei quase o dobro disso pra começar? Mistério. Jamais saberemos). 

Ou seja, aprendi em uma bike pequena e não cresci muito a partir de então. E pedalei pouquíssimas vezes nessa vida (dá pra contar nos dedos de uma mão. Sério). Quando surge uma oportunidade, é sempre em uma bicicleta imensa e pesada, o que não ajuda em nada, e eu desisto logo (ou antes mesmo de começar). 

Minha tese é que eu preciso de uma bicicleta do meu tamanho para recomeçar. E minha tese se provou correta: semana passada, ao caminhar no Eixão, encontrei uma bicicleta pequena para alugar - e aluguei. Aí rolou! Pedalei loucamente de lá pra cá. Bufei, me cansei, fiquei vermelhíssima, mas me senti realizada. É verdade: andar de bicicleta a gente nunca esquece. Memória muscular é um negócio incrível. 

Contei pros amigos minhas aventuras, e um deles ofereceu uma bicicletinha dobrável emprestada. Aceitei na hora. Hoje, eu e o Leo fomos caminhando até a casa dele e voltamos pra nossa pedalando (aqui em Brasília tem aquelas bicicletas grátis da rua, e o Leo gosta bastante delas). 

Foi ótimo. No plano piloto tem ciclovia, e ela é muito bacana: razoavelmente plana, margeada por árvores (várias floridas!) e bem-sinalizada. Para completar, é sábado e ela estava vazia. 

A prova do crime
Adorei. Quero repetir, um monte de vezes.

Obs: não quer dizer que eu ande de bicicleta bem - muito antes pelo contrário. Mas o Leo garante que é só praticar.

domingo, 22 de julho de 2018

Das ambições

Fiquei um bom tempo feliz e satisfeita e sossegada, achando que tudo estava bom e que era só correr para o abraço. Desde desde o resultado do concurso, no começo de 2016, estou assim, de boa. 

Feliz ou infelizmente, essa fase acabou.  Mudei para um setor muito mais exigente no trabalho, logo depois o colega saiu de férias (longas) e pipocaram um monte de cursos que eu queria/precisava fazer. Resultado: me cansei, me estressei, mas também me lembrei do que eu sou capaz.  Agora estou cheia de planos e projetos para o meu (reduzido) tempo livre. 

Para completar, voltei para a terapia, onde aproveito para discutir minhas ambições. Percebi que, nos últimos anos, andei adotando o ponto de vista do Leo, para quem o suficiente é suficiente. 

Como ele é uma pessoa muito feliz, concluí que agir como ele me deixaria feliz também. Funcionou... por um tempo. Só que nós somos diferentes (embora tenhamos muitos valores parecidos) e eu às vezes quero ir atrás de conquistas simplesmente pelo fato de elas estarem ali. Não significa ser ingrata e desvalorizar o que eu tenho, mas querer mais só porque eu dou conta. E não quer dizer ficar arrasada se não der certo e eu não conseguir. O importante é me movimentar. 

Sim, quero ganhar mais. Sim, quero mais responsabilidades. Sim, quero aprender mais línguas. Sim, quero começar a correr. Preciso disso? Não, mas quero assim mesmo.  

* * *

E o minimalismo? Bem, o minimalismo nos ajudar a identificar o que é importante para cada um de nós. No momento, importante é usar minhas habilidades e ver onde vou chegar. Bora lá.