quarta-feira, 23 de junho de 2021

São tantas remoções

Em tese, todo semestre tem plano de remoção no trabalho, e as pessoas podem se inscrever para mudar de  posto (cumprido o mínimo de 2 e o máximo de 5 anos). Por posto entenda-se embaixadas, consulados e missões brasileiras pelo mundo. 

Digo em tese porque no ano passado, por exemplo, só teve um plano de remoção, no começo do ano. A pandemia avacalhou mil coisas, e uma delas foi a programação normal - e o segundo plano de 2020. 

Já o primeiro de 2021 foi realizado direitinho. Só vou poder me inscrever no próximo, mas acompanhar o processo é legal mesmo assim. Sempre tem um monte de amigos indo de cá pra lá, ou vice-versa, e é muito bacana ver todo mundo feliz e cheio de expectativas com seus destinos. 

Tão legal quanto é verificar que a vaga que estou ambicionando não foi ocupada. Assim, pelo jeito vai dar tudo certo no segundo semestre. 

Acho muito interessante essa vida de sucessivas mudanças. Adoro não saber onde estarei daqui a 6, 8, 12 anos (só sei que, completando 10 no exterior, é obrigatório voltar ao Brasil e passar ao menos 12 meses). Lembro-me que gostei muito de morar no interior de Minas, mas depois de uns anos o tédio bateu (e aí decidimos ir para Brasília). Agora as mudanças estão embutidas na carreira.

Sim, esse fato dificulta o planejamento a longo prazo. Mas estou mesmo querendo largar mão da minha mania de tentar botar a vida na planilha o tempo todo e viver mais o presente.

Vou planejar só as visitas aos amiguinhos quando a pandemia acabar. 

quinta-feira, 10 de junho de 2021

17 anos de cauamento

No excelente livro O Noivo da Princesa, do William Goldman (que depois virou um filme bem legal), o bispo que casa Flor de Ouro com o príncipe Humperdinck diz que "o cauamento é um suonho dentro de um suonho".  Adotamos, lógico. 

Ontem eu e o Leo fizemos 17 anos de cauamento. Precedidos por 10 anos de namoro e 1 de noivado. Ou seja, 28 anos no total. 

Sim, começamos cedo (eu tinha 17, o Leo tinha 18).  E, em vez de crescermos cada um para um lado, fomos amadurecendo juntos. 

Nosso cauamente é um suonho dentro de um suonho, e não tenho outra explicação a não ser amorrrr, sorte e o fato de que realmente gostamos de ficar um com o outro. A pandemia não foi fácil para ninguém, mas um problema que não tivemos foi o de estarmos trancados em casa juntinhos. Achamos ótimo, na verdade. 

A gente só se desentende na cozinha, porque cada um quer fazer de um jeito. O bom é que, na maior parte do tempo, o Leo se ocupa das refeições. Eu só gosto de fazer cookies. 

sábado, 5 de junho de 2021

A louca da Uniqlo

A Uniqlo é uma loja japonesa de roupas com filiais no mundo todo, com peças minimalistas e materiais de boa qualidade. Tem filiais no mundo todo, inclusive em Manila (várias). 

A Uniqlo é bem bonita e não muito cara (mentira, acho cara. Mas eu também acho tudo caro). Só que, como descobri há duas semanas, ela faz promoções com belos descontos. 

Tudo começou inocentemente, com uma ida casual à loja para comprar uma blusinha fresca. Usei e gostei tanto que pesquisei na internet se havia outras cores. Havia, e no site elas custavam 25% mais barato! Aí comprei mais duas, né? Então vi um vestidinho florido lindo, do jeito que eu estava almejando, na promoção. E um suéter de cashmere por um terço do preço. Comprei, comprei. 

Voltei à loja para pegar as compras. Pra quê. Arrematei um sapatinho "de menino" (com desconto) e a barganha do século: um vestido preto de seda, que originalmente custava 140 dólares, por 12.   


As blusas e o sapato serão usados imediatamente, para trabalhar (meu primeiro "sapato de menino" foi comprado em Brasília em 2011, passou por vários consertos e está querendo se aposentar, tadinho). Já  o suéter e o vestido de manga comprida vão ficar para o próximo posto, já que em Manila a sensação térmica tem chegado a 45º C. Mas eu achei que a oportunidade (uma de minhas palavras favoritas) de adquirir peças de materiais bons e duráveis a preços reduzidos não podia ser perdida. 

Agora é marchar para o guarda-roupa e tirar o mesmo tanto de peças de lá. 

* * * 

Detalhe: são as primeiras compras de roupa que faço este ano. 

Detalhe 2: demorei. Devia ter comprado roupas mais fresquinhas assim que cheguei aqui. 

* * * 

Descobri que uma das razões de minha alegria ao comprar em promoções e brechós é muito simples: um número menor de opções. Hoje em dia, existem tantos produtos que eu, particularmente, fico tonta. Diante de uma seção de desconto ou de uma loja de segunda mão, as possibilidades diminuem. Fica mais fácil chegar a uma decisão. 

Isso não quer dizer que eu me sinta obrigada a adquirir alguma peça só porque o preço é sedutor. Saio de mãos abanando numa boa.