Minha ambição atual é me tornar uma pessoa minimalista. Tem tudo a ver com o meu momento atual de desapego. E muito a ver com minha pão-durice constante.
Não totalmente, porque o meu poupancismo é ligado à máxima "quem guarda tem" e ao grande acumúlo de objetos "que um dia eu posso precisar". A ideia agora é parar com essa bobagem.
Estou aqui pensando que é toda uma evolução. Começou sete anos atrás, com o Maridinho me convencendo a jogar fora a pilha de caixas (vazias) dos presentes de casamento. Foi uma luta interior, mas eu me orgulho de ser uma pessoa racional mais do que de ser uma pessoa econômica. Os argumentos do Maridinho venceram e o quarto ficou habitável novamente.
Quando nos mudamos do interior da Minas para a capital do país, há um ano, deixamos bastante coisa para trás. Os eletrodomésticos que não iam funcionar em Brasília, por causa da voltagem, foram vendidos a preços módicos. A cama de solteiro a faxineira ganhou. A mesa de vidro quadrada e os móveis do escritório foram para a mãe do Maridinho. E um monte de bagulhinhos foram para o lixo (ofereci para a faxineira, mas ela não quis. Ela tem muito mais bom gosto do que eu).
Quando voltei do passeio da Alemanha, com umas camisas xadrezes da H&M debaixo do braço, achei logo que devia desocupar o armário para as roupas novas e bonitas caberem. Resultado: enchi uma mala. E o pior é que nem deu tanta diferença assim. As gavetas não ficaram vazias nem nada.
E olha que eu não sou uma pessoa consumista, juro. As pessoas se admiram com a pouca frequência com que faço compras. O negócio é que não jogo nada fora, nunca. Eu tenho roupas da época da faculdade. A primeira faculdade.
Tudo bem com as calças que uso ainda hoje pra trabalhar. Nada bem com as roupas que eu não uso, como um jeans desbotada pega-frango (= na canela), que eu não jogava fora porque ficava esperando o modelo cigarrete voltar à moda. O diabo é que o jeans da calça é aquele antigo, duro e áspero. Pensando bem, eu herdei essa calça de alguém, provavelmente da minha mãe. Já estava na hora de ela circular.
Então a técnica agora é esta: eu não quero comprar mais coisas, e também quero ir me desfazendo do que não uso e/ou não preciso.
Conclusão: se alguém quiser me dar presentes, pense em coisas consumíveis. Como chocolate.
Oi Lud. Nossa,faz teeempo que eu não venho aqui. Que saudade de te ler. hehe
ResponderExcluirEu ando adotando essa filosofia. E nossa, como melhorei. Mesmo com os surtos de vez em nunca. Ler tem me ajudado muito. Esse site é ótimo também (www.vidaorganizada.com). Fala muito de desapego (em casa, claro), mas você pode adaptar as teorias para a prática. Boa sorte.
Um beijo, Ada.
Oi, Ada! Também faz tempo que eu não venho aqui.
ResponderExcluirO site é legal, valeu a indicação!
Beijos!