terça-feira, 7 de junho de 2016

Pego mas não me apego

Estou indo trabalhar achando que são meus últimos dias no setor, no prédio e na instituição. Caminho lentamente pelos corredores, tentando sentir a melancolia do adeus. E quer saber? Tô nem aí.

Tem gente que geme, chora e se descabela quando termina um curso, troca de emprego ou faz uma mudança. Fiquei pensando no meu passado e percebi que passei por três escolas, duas faculdades, três cidades e vários grupos de colegas (de estudo, de trabalho) sem derramar uma lágrima, soltar um suspiro ou lançar um olhar pra trás.

Os (poucos e bons) amigos que fiz continuaram em minha vida mesmo depois que a convivência obrigatória terminou. As outras pessoas? Ficarei feliz em reencontrá-las (ok, nem todas), mas se não acontecer, não vou me incomodar nem um pouquinho.

Os fatos indicam um coração perigosamente peludo, mas acho que é uma boa característica para quem gosta de ficar se mudando por aí. Talvez seja até uma das razões pelas quais eu gosto de me mudar por aí! Afinal, se toda vez que eu deixasse pra trás pessoas e lugares familiares eu sofresse horrivelmente, provavelmente estaria morando em Minas Gerais até hoje.

Na casa dos meus pais.

3 comentários:

  1. Oi Lud. Compartilho dos seus sentimentos de desapego de "locais e pessoas". Este mês, mais precisamente amanhã, dia 8, vou assinar o meu aviso prévio. A empresa onde trabalhei ao longo de 8 anos vai encerrar suas atividades. Meu sentimento? Graças a Deus/Allah/Tupã. Foi bom/ruim enquanto durou.

    Também morei 7 anos em Moscou (tempo da graduação e mestrado). Mesmo sentimento: experiências boas/ruins e, quando parti, me senti eufórica, pois estava ávida por novas experiências. Sinto saudades das pessoas legais que conheci e guardo as lembranças. Só isso. Tenho receio de mudanças, mas, geralmente, nunca me decepcionaram. Engraçado é que muita gente me considera uma pessoa fria quando me expresso assim... Enfim, é a vida que segue, né?!

    Abs,

    Carol

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  2. Lud,
    sou assim também. Quando alguém começa a falar sobre o passado, sempre penso com carinho nas pessoas que conheci e nas atividades que realizei, mas não tenho (teria) a menor vontade de voltar. Acho que as mudanças nunca vêm por acaso.
    Estou muito animada por você!
    Beijo,
    Rafaela

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