quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Caso dos Cabelos Brancos

Voltei da Austrália como a orgulhosa possuidora de três fios brancos na têmpora esquerda. Agora já devo ter uns bons ou seis. Eles acabam ficando meio escondidos no meio do cabelo, mas eu os estou cultivando com afinco.

Há uns anos eu tinha certeza que ia pintar os cabelos quando eles ficassem grisalhos (cada mês de uma cor diferente). Hoje eu acho que nós vamos nos dar muito bem.

Porque vejam bem: cabelos brancos a gente tem de fazer por merecer. Quem morre muito jovem não tem fios branco, ou rugas, ou a maturidade e a experiência que os anos trazem (embora não a todo mundo, é verdade).

Minha infância e adolescência não foram ruins, mas eu sou mais feliz agora, aos 34. E pretendo ir ficando cada vez mais. Mais esperta, mais inteligente, mais consciente, mais viajada, mais legal. E com lindos fios prateados pra completar.




7 comentários:

  1. Que engraçado, porque eu tô passando por algo assim. Eu nunca esquentei muito com os cabelos - ainda não tenho brancos, mas também devo deixá-los sem pintar. Mas eu sou super vaidosa com minha pele. Super vaidosa modo de dizer, mas eu cuido - quando tenho saco, que não é todo dia. E de uns tempos pra cá me peguei pensando em como será quando minha pele não for mais lisinha. Daí que eu notei duas linhas de expressão na testa. Pensei: será que é o momento de usar cremes anti-idade (nome péssimo, né?). Mas daí eu me apeguei a elas. Pensei que ter 30 é lindo, que eu vivi muito bem e definitivamente não quero parecer uma menina, porque isso não faria juz a uma vida cheia de experiências tgde bom que eu já vivi tão ricas.
    Lindo ter mais orgulho da nossa história do que da nossa aparência, né? Eu acho.

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  2. estou super cultivando meus cabelos brancos! vou ser um walkin' fashion statement in no time! =)

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  3. Iara,
    também acho lindo ter mais orgulho da nossa história do que da nossa aparência. E é aquela coisa: na hora que um monte de mulheres também pensar assim,as linhas/marcas/cabelos brancos vão passar a ser "um charme". Igual são no George Clooney.

    Isa,
    you go, girl!

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  4. Estou definitivamente ficando grisalha. Os poucos fios brancos de outrora se multiplicaram como coelhos. Tenho a pele muito branca, então temo desaparecer do campo de visão das pessoas, se alguém acender uma lâmpada muito forte, por exemplo. Mas aí vejo a foto da minha musa Meryl... veremos.

    White is beautiful too.

    Bjs,
    Rita

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  5. Oi, Ritinha!
    É, vai pensando. Sempre é uma opção, e a gente gosta de opções, né?

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  6. Eu tenho 31. Os primeiros brancos começaram a aparecer quando eu tinha 25 (eu acho, talvez um pouco mais, talvez um pouco menos). A primeira reação foi correr pro salão e fazer luzes, "para disfarçar". Credo. Meu cabelo era virgem e feliz, depois das luzes virou um trem. Desisti e corri pro tonalizante.

    E assim foi a minha vida até o começo desse ano. Escureci um tom, clareei um tom, escureci, fiz mexas, fiz um treco de nome estranho (tipo "prisma colorido", mas não lembro exatamente o que) que me deixou meia hora com um monte de papel alumínio na cabeça e umas 5 tonalidades diferentes de tinta na cabeleira. Mas meu cabelo vai pro amarelo, sempre, e eu odeio cabelo amarelo.

    Daí que da última vez que eu passei tinta no meu cabelo eu enjoei. E não passei mais nada. E olha, em seis anos, os cabelos brancos se multiplicaram como coelhos. Ainda não estou como a minha mãe, afinal, são trinta anos de diferença entre a gente. Mas já tenho as minhas mexinhas: nas têmporas, no alto da cabeça. E ali elas vão ficar, branquinhas, intactas e felizes.

    Até a hora que eu resolver pintar de novo. Mas vai ser porque vai me dar cinco minutos, não porque "ai, vão me chamar de velha". Mas é difícil, né? Eu ainda tenho que ouvir que vou ficar liiiiinda de mexas, pra disfarçar a idade.

    p.s.: A cena do LOST em que o Richard descobre que tem cabelos brancos foi meio que uma epifania. Tão lindo...

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  7. Caramba, Lud, acho incrível notar como temos descoberto as mesmas coisas mais ou menos na mesma época, mesmo nossas vidas sendo tão diferentes. Ano passado apareceram meus primeiros cabelos brancos, com 33 anos. Fui a última dos meus irmãos (que são mais novos) a tê-los. E, ao contrário deles, estou cultivando-os com orgulho. Ainda não deixei de pintar o cabelo (pinto de vermelho desde os 16 anos), mas acho que quando tiver um belo tufo de cabelos brancos eu vou parar. Não sei mais ser loira natural, mas ter cabelo branco, acho que sei.

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