domingo, 10 de janeiro de 2016

Não quero ser essa pessoa

Às vezes a gente tem a impressão que outras pessoas, agindo de maneira egoísta, estão levando a melhor. Pode ser o colega de trabalho que faz corpo mole - e com isso sobra trabalho para os mais dispostos, ou o companheiro de evento que puxa o carro na hora de arrumar a bagunça.

Aí a gente se irrita com o fato de que os justos pagam pelos pecadores e dá até uma vontadezinha de se comportar assim também. Pelo menos em mim dá, não vou negar.

Mas, nessas horas, eu penso: "Não quero ser essa pessoa. Não quero ser essa pessoa que não tem compromisso com o emprego. Não quero ser essa pessoa que se aproveita dos amigos. Não quero ser essa pessoa que só pensa no próprio umbigo."

De repente "essa pessoa" que não tem horário pra chegar ao trabalho e não se importa que os outros fiquem sobrecarregados é feliz - até mais feliz que eu. Mas, depois de pensar sobre o assunto, cheguei à conclusão que a felicidade não é objetivo maior da minha vida. É um deles, e dos mais importantes, mas não pode se sobrepor a tudo.

É claro que tenho um monte de defeitos e de vez em quando dou minhas mancadas. Mas tento muito não ser essa pessoa.

8 comentários:

  1. Lud, adorei esse texto.
    Te apoio 100%. Não seja essa pessoa.
    Ah, já falei que adorei esse texto?
    Estava com saudade de aparecer por aqui :)

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  2. Oi, Raquel! Obrigada pelo apoio.

    Saudades de posts novos no seu blog =). (Não é pressão, é incentivo.)

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  3. Bem que tu faz, eu também não, embora vontade às vezes não falte.

    Pessoas assim vamos ter no trabalho, no círculo de convívio, na família, no dia a dia para as coisas mais corriqueiras. Já vi uma mulher que talvez achasse ter o rei na barriga, entrar na padaria depois de toda uma fila formada e quando chegou a vez dela disse para a atendente "até que enfim resolveu me atender". Veja bem, aquela senhora apenas teve uma fila formada antes da chegada dela e nada indicava e no local nem tinha fila para prioridades, se fosse o caso, mas que não era. Também já vi um cara pegar uma criança de uns 7 ou 8 anos no colo para ser atendido na prioridade em uma loja na hora do caixa, sendo que até chegar nessa hora a criança estava correndo pra tudo que é lado. E a colega de trabalho que o horário era das 7h às 17h e ela entrava 10h, 10h30min, 11h e saía às 16h pontualmente? Ou era rodízio, ou era as unhas ou era consulta, sempre esse horário e entrava tarde porque teve problemas, enfim, sempre uma desculpa. Quando o trabalho era externo então nem se fala, todo mundo voltava menos ela. Tu passava por ela e no computador sempre aberto no facebook ou sites de compras coletivas de restaurantes e passeios. E outro que ficava um dia fazendo uma coisa, no dia seguinte fazendo a mesma coisa e no terceiro dia estava pra terminar a coisa. Um dia me irritei e perguntei o que pedia e eram apenas dois pedidos e ele estava demorando para fazer uma contestação de dois pedidos e bem básicos. Um dia me irritei e disse pra gerente que passou a cobrar um pouco mas, mas não tanto e ficou assim. É mais fácil nesses casos eles ainda repassarem pra quem faz sem qualquer aumento do que cobrar dos que não fazem e nessa hora dá vontade de fazer o mesmo corpo mole, só que dai o tempo demora mais para passar e o trabalho não é para ser chato, do contrário fica um tédio.

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    1. Adriana, é isso! Exatamente isso!
      E aí, de novo, não queremos ser essas pessoas, né? Não é fácil, mas a gente resiste.

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  4. Ler esse post me deu a sensação de que alguém me entende. Também não quero ser essa pessoa mas é difícil quando, além de tudo que vc descreveu, os chefes não dão importância sequer as reclamações de toda a equipe e a pessoa ainda acredita ser uma excelente profissional que faz tudo direitinho. Complicado viu!

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    1. Ah, Vanessa, eu sinto sua dor, viu? Não é fácil!

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  5. Ah e além de tudo ainda tem a mesma postura descrita no comentário da Adriana...que fazer? Como agir ou tratar pessoas assim? E que ainda se dizem amigas!

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    1. Vanessa, sinceramente, eu não sei. Já estive em uma posição de chefia e tentei fazer todo mundo se comprometer com o trabalho... com graus variados de sucesso. Para você ter ideia, teve até gente que saiu do setor.

      Hoje eu faço meu trabalho e tento não me importar com os horários e o comportamento dos outros. Inclusive porque é bem possível que alguma atitude minha também incomode alguém, né? É bem difícil, mas no fim do dia eu posso dizer com tranquilidade que cumpri minha obrigação, e é isso que importa (pra mim).

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