domingo, 24 de janeiro de 2016

Reta final

Estou me sentindo melhor do resfriado e conseguindo cumprir direitinho o cronograma de estudos desde sexta-feira. Se tudo der certo, vou estudar quase tantas horas nos últimos dez dias quanto estudei em todo o período anterior.

Ainda não decidi se isso é uma boa ou uma má notícia.

* * *

Já estudei para um monte de concursos nesta vida. Uma vez, um tempo depois que eu tinha sido aprovada para o cargo que ocupo hoje - mas continuava estudando meia-bocamente para uns outros -, minha irmã mais velha me deu uma excelente sugestão: "pega firme ou então larga mão".

Larguei mão, alegremente.

Mas é um troço meio viciante. A questão é que sempre tem uma vaga que parece melhor que a sua. E não necessariamente por causa de um salário maior. A atração pode ser a atividade, o ambiente, a possibilidade de morar em outras cidades.

Ou outros países.

* * *

No fim das contas, se estamos falando de maus hábitos, estudar pra concursos aleatórios não é dos piores. Não é o mais barato dos passatempos, mas pelo menos não incomoda os vizinhos.

4 comentários:

  1. Tua irmã é sábia. E sim, sempre a grama do concurso ao lado parecerá mais verde. A eterna insatisfação humana...

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    1. Lu, deve existir em algum lugar um equilíbrio entre estar satisfeito x querer evoluir, mas eu não sei onde é esse lugar, não...

      Descobrindo, me conte!

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  2. Qrda Lud: tenho mesmo de te animar muito porque, independentemente de tudo, só a força necessária para avançar e estudar para um concurso denota em si mesma uma atitude extraordinária. Embora em Portugal não haja concursos públicos como no Brasil, a maior parte das pessoas que eu conheço há muito que deixaram de fazer formação profissional. «Para quê, dizem, se não ganho nada com isso?» É evidente que eu não partilho de nenhuma forma esta atitude, mas também há muito que sei que não sou uma pessoa «normal». É também verdade que nos últimos dois ou três anos não fiz qualquer tipo de formação, sobretudo porque nenhuma me motivou, mas também porque eu parei de me automotivar também... e isto em si é já matéria para eu refletir.

    Coragem pois, brasileira. Na verdade, estudar um assunto passa, a partir de certa altura, a ser «gostoso», como vocês dizem e bem, verdade? Os últimos dez dias serão seguramente prazenteiros.

    Abraço grande,

    V.

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