sábado, 5 de junho de 2021

A louca da Uniqlo

A Uniqlo é uma loja japonesa de roupas com filiais no mundo todo, com peças minimalistas e materiais de boa qualidade. Tem filiais no mundo todo, inclusive em Manila (várias). 

A Uniqlo é bem bonita e não muito cara (mentira, acho cara. Mas eu também acho tudo caro). Só que, como descobri há duas semanas, ela faz promoções com belos descontos. 

Tudo começou inocentemente, com uma ida casual à loja para comprar uma blusinha fresca. Usei e gostei tanto que pesquisei na internet se havia outras cores. Havia, e no site elas custavam 25% mais barato! Aí comprei mais duas, né? Então vi um vestidinho florido lindo, do jeito que eu estava almejando, na promoção. E um suéter de cashmere por um terço do preço. Comprei, comprei. 

Voltei à loja para pegar as compras. Pra quê. Arrematei um sapatinho "de menino" (com desconto) e a barganha do século: um vestido preto de seda, que originalmente custava 140 dólares, por 12.   


As blusas e o sapato serão usados imediatamente, para trabalhar (meu primeiro "sapato de menino" foi comprado em Brasília em 2011, passou por vários consertos e está querendo se aposentar, tadinho). Já  o suéter e o vestido de manga comprida vão ficar para o próximo posto, já que em Manila a sensação térmica tem chegado a 45º C. Mas eu achei que a oportunidade (uma de minhas palavras favoritas) de adquirir peças de materiais bons e duráveis a preços reduzidos não podia ser perdida. 

Agora é marchar para o guarda-roupa e tirar o mesmo tanto de peças de lá. 

* * * 

Detalhe: são as primeiras compras de roupa que faço este ano. 

Detalhe 2: demorei. Devia ter comprado roupas mais fresquinhas assim que cheguei aqui. 

* * * 

Descobri que uma das razões de minha alegria ao comprar em promoções e brechós é muito simples: um número menor de opções. Hoje em dia, existem tantos produtos que eu, particularmente, fico tonta. Diante de uma seção de desconto ou de uma loja de segunda mão, as possibilidades diminuem. Fica mais fácil chegar a uma decisão. 

Isso não quer dizer que eu me sinta obrigada a adquirir alguma peça só porque o preço é sedutor. Saio de mãos abanando numa boa. 

10 comentários:

  1. Lud, fui olhar o site e não sei se fiquei triste ou feliz de não ter loja no Brasil. Acho que ia ser muita tentação para mim, parece ser o tipo de roupa que eu usaria direto, principalmente se a matéria prima for de qualidade (até deu a msg que entregam no Brasil, mas os preços são assustadores). Eu sabia só que faziam roupas térmicas ótimas.
    Abraço,
    Daniela

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    1. Pois é, meu contato inicial também foi por causa das roupas térmicas (que sim, são ótimas). Só não te ofereço para comprar e entregar aqui em casa porque os correios são terríveis, e não tenho perspectiva de voltar ao Brasil por enquanto.

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  2. "Mas eu também acho tudo caro" - essa frase poderia muito bem ter sido escrita por mim. Se acreditasse nessas coisas diria que é porque somos Taurinas haha (como não acredito, acho que é uma grande coincidência, apenas). Dito isso, entendo a satisfação de comprar coisas boas e funcionais por um preço, se não barato, pelo menos aceitável.

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    1. Maju, eu também: sou taurina, não acredito nessas coisas e acho tudo caro.. e também compro para não perder a oportunidade.

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    2. Maju, Dani, também não acredito em astrologia. Não é questão de ser taurina, é questão de ser esperta! ;-)

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  3. Ex-funcionária da Gol será reembolsada por gastos com maquiagem, unhas e cabelos
    Justiça do Trabalho em Minas considerou que companhia aérea deve arcar com o "ônus" por exigir padrão tão rigoroso dos colaboradores
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    Por DA REDAÇÃO
    Seg, 21/06/21 - 17h19
    Ex-funcionária da Gol será reembolsada por gastos com maquiagem, unhas e cabelos
    Empresa especificava a maquiagem, com os batons e os esmaltes a serem utilizados, além do estado dos cabelos

    A companhia aérea Gol foi condenada pela Justiça do Trabalho (TRT) em Minas Gerais a reembolsar uma ex-funcionária pelos gastos realizados com maquiagem e preparação de unhas e cabelos. Na decisão, a 1ª Vara do Trabalho de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, entendeu que a empresa deve arcar com o "ônus" por exigir padrão tão rigoroso dos colaboradores.

    A autora do processo foi uma ex-empregada que trabalhava como agente da companhia no Aeroporto Internacional de Confins. Na ação, ela disse que tinha gastos extras para cumprir a padronização exigida pela empresa.


    Na ação trabalhista, a aeroviária explicou que até a cor das unhas e o tom da maquiagem eram determinados pela Gol. As mulheres, segundo a ex-funcionária, tinham que estar com cabelo impecável e, se fosse comprido, sempre preso. Já a maquiagem básica exigida era em cores mais sóbrias.

    “Já vi pessoas voltando para casa ou indo ao banheiro para deixar a maquiagem adequada ou até mesmo tirar o esmalte. Havia punição por não estar impecável. Já fui advertida verbalmente por não ter a unha feita”, disse no processo. Ao julgar o caso, o TRT condenou a companhia aérea a restituir à agente de aeroporto a quantia de R$ 300,00 mensais, a título de danos materiais. Mas a empresa recorreu da decisão.

    Porém, no julgamento do recurso, o desembargador Paulo Chaves Correa Filho, deu razão à trabalhadora. Pelos dados apresentados, o magistrado entendeu que a empresa exigia padrão de aparência extremamente rígido, com especificação detalhada da maquiagem, com os batons e os esmaltes a serem utilizados - incluindo especificação de cores permitidas -, além do estado dos cabelos.

    Para o julgador, as exigências se mostraram exageradas e superiores às esperadas até mesmo em ambientes formais de trabalho. “A escolha da empresa em estabelecer tal padrão de apresentação deve vir com o ônus de arcar com as despesas daí decorrentes, na medida em que os parâmetros de aparência adotados pela empregada deixam de ser uma escolha pessoal e passam a resultar da simples necessidade de atender às exigências da empregadora, que superam em muito aqueles que, presumidamente, ela optaria por utilizar em outros locais de trabalho”, concluiu, mantendo a condenação .

    Procurada pela reportagem, a Gol informou que não comenta ações judiciais.

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  4. Achei bem interessante lud essa reportagem.

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  5. Muito interessante, Natália! Adorei. Só acho que a empresa devia pagar não só as gastos, mas o tempo que a funcionária gastava com isso. Time is money!

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  6. Lud, tenho uns suéters (dois na verdade) de lã merino da Uniqlo há uns 6 anos. Me acompanharam na temporada de estudos nos Países Baixos, depois em todas as viagens no norte da Europa e uso bastante aqui em Porto Alegre, no inverno. Continuam perfeitas. As cores seriam mais sóbrias se tivesse comprado hoje, mas não me desfaço delas porque nunca encontrarei no Brasil nada semelhante (leve, quente, com essa cara minimalista) e porque, de novo, estão muito perfeitas. Tenho outras coisas de lá, roupas térmicas, camisetas, mas me arrependo de não ter investido mesmo nessas peças que são como tu falou, tecidos nobres a preços honestos nas promoções. Eu confesso que o excesso de informação de outras lojas acabava me deixando cansada quando ia fazer compras e eu ficava com medo de estar gastando mais por não ter parâmetro, então acabava olhando em muitos lugares. Eu também venho procurando comprar em lugares com menos opções, sabendo do que gosto e evitando ansiedade e o cansaço do excesso ☺️

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    1. Fico feliz de encontrar mais boas recomendações a respeito da Uniqlo, Carla. Espero que meu sueterzinho dure para sempre!

      É muito bom quando a gente conhece o que gosta. Como você disse, isso nos possibilita escapar das armadilhas do excesso. E usar só o que gosta, o que é melhor ainda!

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