sábado, 27 de fevereiro de 2016

O primeiro ano do resto de minha vida

Em abril, faço 40 anos. Levando em consideração a expectativa de vida das brasileiras e o fato de que meus avós são longevos, existe uma boa possibilidade de que eu chegue aos 80, em estado razoável de saúde física e mental.

A fase mais difícil da vida, a primeira metade, um período de crescimento acelerado e por vezes acidentado, passou. E terminou em grande estilo, com um sabático viajento que durou mais de dois anos. A experiência não só foi espetacular, como também veio com um bônus: a libertadora sensação de autonomia. Era um grande projeto, que tinha lá suas dificuldades, mas não nos intimidamos: decidimos, executamos e vivemos para contar a história.

A segunda fase vai começar daqui a pouco. Ao contrário dos jogos de computador, em que tudo vai ficando cada vez mais difícil, posso escolher o modo "tranquilidade" e ir descansar sobre a graça alcançada.  Tenho emprego, saúde, marido, todas essas coisas que o povo acha importante.

Seria sábio buscar a serenidade a partir de agora. Contentamento, tranquilidade, paz interior. Evolução em vez de revolução. Em um filme, eu caminharia por uma praia deserta em direção ao por do sol. Fade out.

Só que sabedoria passa longe do meu ser. Serenidade não é meu forte. Eu até tento: organizo minha vida para evitar conflitos e dificuldades, arrumo uma rotina confortável, aparo as arestas da realidade. Acho bom por dois minutos, e aí começo a me inquietar.

Então é isso: estou pronta para o próximo grande projeto. A diferença é que, quando eu tinha 20 anos, eu pensava dois minutos no próximo grande projeto e já ia me jogando, sem refletir se eu tinha fôlego, paciência ou persistência, ou se o esforço dispendido ia gerar um resultado compensador. Hoje, do alto da minha parca maturidade, pretendo pensar bem antes de me comprometer.

Eu tinha achado que, no ano em que eu completaria 40, eu faria viagens comemorativas, tiraria longas e relaxantes férias e pensaria na vida. Agora já estou achando que as viagens serão adiadas, que as férias serão cheias de atividades e que a vida vai acontecer enquanto estou ocupada fazendo outros planos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Euforia pós-concurso

Minha cabecinha anda cheia de ideias e planos. Concursos têm esse efeito sobre mim: depois que eu faço um, lembro como é legal e quero estudar para outro. Da última vez que isso aconteceu, lá em idos de dois mil e poucos, a euforia pós-concurso acabou me levando a fazer uma especialização em direito (!) do trabalho (!!). Sendo que eu não gosto nem de direito nem de trabalho, né.

Aí minha irmã mais velha me deu o conselho ótimo a respeito dos estudos: "Esse negócio de começar a estudar só depois que sai o edital não leva a lugar nenhum. Pega firme ou larga mão."  O que fiz? Larguei mão. Até aparecer outro concurso que de fato me interessou: Oficial de Chancelaria. E o que eu fiz? Comecei a estudar depois que saiu o edital.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dois meses e meio de estudos pra concurso: o que aprendi com a experiência

Resmunguei adoidado aqui no blog a respeito dos estudos (como era difícil, como era sofrido, como eu não tinha tempo), mas confesso que no final já estava gostando. Aprender é muito legal, e com um pouco (ok, um muito) de persistência a gente convence o corpo de que estudar três horas seguidas (com pequenas pausas, claro) não é tão impossível assim.

Foram dois meses e meio de luta e, ao fim deles, eu fazia exercícios e ficava surpreendida ao verificar o quanto eu havia aprendido sobre assuntos que antes eram grego para mim (estou falando de você, Administração Financeira e Orçamentária).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Para beber vinho na xícara de chá, primeiro você tem de jogar o chá fora

Estou prontinha para embarcar nos projetos de 2016. Mas, antes de começar coisas novas, quero fechar o ciclo de 2015 e tirar da casa, do armário e do computador aquilo de que não preciso mais.

Parece óbvio, mas nem é. Às vezes a gente vai acumulando objetos e restos de atividades que perderam a importância sem nem perceber.

(O que me faz notar outra vantagem de viver em ambientes minimalistas: os excessos saltam aos olhos, em vez de ficarem misturados - e camuflados - pelo monte de outras coisas que a gente já tem.)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Bem-vindo, 2016!

Meu 2016 começou um pouco atrasado, é verdade. Mas, considerando que 2015 foi um ano que passou rápido como um raio, é até coerente que o atual tenha só 11 meses.

2015 terminou em 31 de janeiro, com a prova do concurso e duas taças de vinho à noite pra comemorar (o fim do ano e o fim da prova). Já dei um pitizinho no blog (por causa da demora do resultado) e já levei puxão de orelha nos comentários (merecido). Então é isso, 2016 chegou!

A retrospectiva de 2015 eu fiz aqui. Agora é hora de traçar metas para o ano que começa.  Uma coisa os sofridos dois meses de estudo me ensinaram: disciplina e persistência funcionam. Trabalhar em um objetivo, ainda que seja um pouco só por dia, se for todo dia, levam a gente longe. Muito melhor do que fazer um esforço hercúleo durante uma semana e depois largar mão.

Em 2016, eu gostaria...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Uma longa e tenebrosa espera

Eu estava achando que depois de fazer a prova eu ia ficar tranquila, né? Que boba!

Minha intenção original, de fato, era esquecer do concurso até o resultado e ir cuidar da vida nesse intervalo. Só que, aparentemente, não é a melhor estratégia. Segundo artigos (em sites de cursos preparatórios, claro), a coisa só acaba quando termina. Isto é, a gente tem de ir acompanhando o processo, recorrendo de questões sempre que possível - para os concorrentes não passarem na nossa frente -, vigiando a banca para ela não fazer bobagem...

Isto é, a prova passou e eu não estou tranquila. Primeiro me afligi esperando o gabarito provisório; agora vou me afligir esperando o definitivo (que vai demorar um mês).