quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

O trabalho

Confesso que, quando fui atrás do meu emprego atual, nem pensei em que ia trabalhar. O importante pra mim era morar no exterior, ponto.

Acabei caindo em uma atividade-meio, o que é meio bizarro, porque geralmente a gente se identifica é com a finalidade da organização, né? Se antes eu financiava o Estado democrático de direito, hoje eu conto tempos de serviço e concedo licenças para as pessoas, algo bem mais limitado.

Não é que eu esteja reclamando. Um ponto positivo é que sou muito mais popular. Ninguém gosta de pagar imposto, mas todo mundo adora afastamentos para tratar de interesses particulares (sem salário, tá, gente) e confirmações de que tem tempo suficiente para aposentar.

E serviço não falta. O tempo passa rapidinho. Quando o estoque de pedidos de momento acaba, sempre tem algum projeto pra desenvolver, como mandar para o arquivo pilhas de documentos que ficaram nos armários ou investigar como é possível transformar processos físicos em digitais.

Só que eu fico cansada. Não bastasse a atividade intensa e minuciosa, trabalho em um vasto salão cheio de pessoas. O que é ótimo para resolver questões de serviço - nem precisa ligar pro coleguinha, é só passar na mesa dele -, mas que também barulhento e confuso.

Chego em casa e só quero silêncio e tranquilidade. Minha vida social foi despachada para os fins de semana.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Meu único pulmão

Eu brinco que sou como aquele jogador de futebol que, repreendido por correr pouco durante um jogo, desabafou: "Correr mais? Só se eu tivesse dois pulmões!". Sim, desconfio que tenho um só, porque minha capacidade respiratória sempre foi, digamos, regular (e uma vez que a avaliação da academia vai de "ótima" a "regular", podemos dizer com alguma certeza que esse termo significa "bem ruim").

Já faz um mês que eu tenho subido 5 andares de escada até minha sala no trabalho. Chego sem fôlego e sedenta, e meu consolo é que no serviço tem lindos copinhos coloridos, o que quer dizer que cada dia bebo água de uma cor (not really, mas parece).

Até agora não percebi nenhuma melhora em minha capacidade pulmonar. Mas persisto, né, porque o sertanejo é, antes de tudo, um forte (não que eu seja sertaneja, nem forte, mas enfim).

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Marcas e grifes

Quando eu era adolescente e estudava em um colégio de pessoas riquinhas, era muito importante ter a mochila e o tênis de uma marca determinada (era Company, se os curiosos fizerem questão de saber). Fiquei feliz da vida quando finalmente ganhei uma mochilinha igual à de todo mundo.

Confesso que já ambicionei ter uma bolsa Chanel. Pesquisei seriamente, escolhi o modelo, a cor e o material (2.55, preta, de couro de cordeiro). Aí me dei conta que minha vida não comportava uma bolsa Chanel. (O que foi uma sábia decisão, por causa do Efeito Diderot: uma aquisição muito acima do nível de consumo habitual pode deixar a pessoa insatisfeita com tudo que ela já tem - e querendo substituir esse tudo por versões muito mais caras e sofisticadas. Resultado: frustração + gastos exagerados e desnecessários. Melhor não.)

Ou seja, já achei grifes e marcas muito importantes, sim. Mas deixei de achar. Primeiro porque passei por algumas experiências decepcionantes com itens que custaram caro mas deixaram a desejar. Segundo porque não preciso ficando mostrando para os outros o meu poder econômico (aí economizo e tenho mais poder econômico!). Então evito. Até por não querer fazer propaganda gratuita pros outros.  

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Malinha

Falta um mês para a próxima viagem e já estou separando roupas para a mala. Sou dessas.

É que eu me divirto. Acho que o planejamento faz parte da viagem. Já começo a curtir agora.

A ideia é levar uma mala pequetita, com roupa para uma semana. Como vamos ficar em apartamentos com máquina de lavar, não tem necessidade que mais do que isso. As peças mais pesadas e volumosas vão no corpo: botas sem salto e casaco de frio.

Olha que dessa vez estou querendo caprichar: vou levar um coletinho preto para usar em cima das camisas (que não precisam ser passadas), um segundo par de sapatos confortáveis e três, TRÊS cachecóis! (Ok, dois lenços e um cachecol.)

Vai ser praticamente um desfile de moda.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

É carnaval

Adoro carnaval. Amo passar o feriado prolongado em casa, lendo livros, vendo filmes, comendo brigadeiro e encontrando amigos. Se o tempo estiver friozinho e eu puder ficar muitas horas debaixo do edredom e tomar uns banhos ferventes, então, melhor ainda.

Juro que entendo quem curte folia, música, agito e pegação. Dou o maior apoio. Enquanto isso, estou na quarta revistinha de Sandman, e são setenta e cinco, gente! Nem sei se vai dar tempo de ler todas antes da quarta-feira de cinzas chegar.

Para quem não sabe, o sobrenome do marido é Carnaval. Então pra mim a festa dura o ano inteiro (piscada marota).