domingo, 28 de abril de 2019

As meninas do Leblon não olham mais pra mim

Da última vez que fui à oftalmologista, ela recomendou fortemente que eu fizesse um par de óculos. Multifocal.

Ora, faz mais de 15 anos que não uso óculos, desde que fiz a magnífica cirurgia de miopia que me livrou de 7 graus em um olho, 5.5 em outro e me pôs a enxergar como uma águia. Minto: faz mais de 20 anos que não uso óculos, desde que completei 16 e aderi às abençoadas lentes de contato. E agora uma médica de araque com meros 6 anos de faculdade + especialização vem me dizer que eu tenho miopia, astigmatismo e presbiopia? Afe!

A idade vem chegando, meus amigos. E ela não é gentil (ou é, se considerarmos os outros vários pontos positivos de ter mais de 40: dinheiro, emprego, relacionamento, (certa) estabilidade emocional. Anfã.)

Minha miopia e astigmatismo, somadas, chegam a 1 grau em cada olho, o que é bem pouquinho. Idem para a presbiopia (no olho direto é 0.75!). Eu enxergo razoavelmente bem - só tenho de espremer um pouco os olhos para ver o número do ônibus quando ele está longe e xingo muito no Twitter quando confrontada com as letrinhas do vidro de xampu. Mesmo assim, decidi dar o braço a torcer e mandar fazer um par de óculos aqui mesmo no Brasil. Vai que eu preciso.

Não para usar o tempo todo, claro. E não multifocal, claro (parece que os multifocais são meio complicados: os dois vendedores das óticas que visitamos falaram que não é fácil se acostumar com eles). Mandei fazer só com o grau de longe para ver se eu ia me adaptando.

Peguei os óculos na segunda-feira. Ele é bem bonito e leve, de acetato (quando eu era criança, só existiam armações feias de metal dourado). Quando eu os coloquei, fiquei boba com a nitidez com que passei a enxergar as árvores distantes. Até as folhas individuais eu consegui identificar!

Mesmo assim, incomoda. Sinto um peso no rosto. Se chover, as lentes vão se molhar. Se eu for nadar, vou ter de tirar. Se quiser usar óculos escuros, idem. E, como ele não é multifocal, atrapalha a visão de perto.

Estou usando para ir trabalhar (e quando eu chego lá, tiro e guardo na bolsa). Vou levar na viagem, para ver as lindas paisagens.

Mas ainda não me conformei.

sábado, 27 de abril de 2019

Pós-férias

Voltamos para Brasília por uma semaninha antes de sair por mais três semanas. A ideia era estar aqui quando saísse o resultado do plano de remoção, para comemorar (ou se lamentar) com os amigos. O calendário da remoção mudou e o resultado vai sair semana que vem, quando estaremos em Bariloche, na Argentina. Paciência.

Foi uma semana corrida, com bastante trabalho e alta distribuição de alfajores. Voltamos à academia. Perdemos os graminhas ganhos na viagem. Desfizemos mala. E estamos fazendo mala de novo.

Sim: embarcamos amanhã (à noite) e as malas ainda não estão prontas! Um escândalo isso. Geralmente minha bagagem é montada com dias de antecedência. Mas, dessa vez, vai ficar para em cima da hora. Acho bom: quer dizer que estou menos ansiosa. Ou muito ocupada.

Na segunda-feira sai o resultado da remoção. Na terça-feira faço aniversário. Vamos combinar que o resultado tem de vir do jeito que eu quero, né? É o mínimo.

Continuo lendo muitos livros e começando a desconfiar que se trata de uma bela forma de escapar da realidade. E olha que eu nem ando lendo ficção!

Será que é clinicamente possível ser viciada em leitura?

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Pré-férias

Quando planejamos férias, a gente sempre marca o voo para o primeiro dia possível. Às vezes é na última sexta-feira de trabalho depois do expediente (aí é aquela correria), às vezes é no sábado (um pouco mais tranquilo). Dessa vez, por questões de preço de passagem e muitos dias de folga acumulados, vamos sair de Brasília no domingo tardão.

A mala já está praticamente pronta, então não teríamos problema em zarpar imediatamente, mas não estou achando ruim esses dois dias de sossego, não. Saí do trabalho hoje já em clima de férias: separamos mais coisas para doar antes da mudança, demos uma caminhada, tomei uma taça de vinho no lanche, tirei um cochilo antes de dormir. E ainda fizemos umas últimas pesquisas na internet sobre os destinos.

É verdade que por um momento me afligi porque vamos chegar no aeroporto de madrugada e talvez tenhamos que ficar um tanto por lá antes de nos instalarmos no apartamento que alugamos, mas logo desencanei. Os restaurantes e o duty-free são 24 h, então poderemos tomar café-da- manhã e/ou já adquirir nosso primeiro alfajor e nossa primeira garrafa de vinho argentino e ir nos divertindo com eles.

Evidente que passarei o domingo inteiro dando dormidinhas. Preciso me preparar para essas aventuras noturnas.