O assunto consumo tem estado em alta aqui no blog. Parte da culpa é da pandemia e da eterna quarentena em Manila, mas é verdade que meu relacionamento com as compras tem se alterado um pouco nos últimos tempos.
Pessoalmente, adoro ser pão-dura. Não só utilizo a criatividade para resolver as coisas em vez de adquirir um bem novo, como, quando preciso comprar, simplifico minha vida optando pelo mais barato.
No entanto, esse modus operandi deixou de ter um objetivo e se tornou um fim em si mesmo. Virei Tia Patinhas total.
Depois da remoção, o Leo foi me convencendo que gastar parte do nosso próprio dinheiro em bens que nos trouxessem conforto não era pecado, nem ia nos arruinar.
No começo, foi difícil. Acho que tinha desaprendido a comprar. Sofria mais com a grana gasta do que aproveitava a aquisição. Ano passado, houve um episódio lendário em que fomos a quatro shoppings procurando itens de casa e saímos de mãos abanando. Nesse dia até o Leo, esse santo homem, perdeu a paciência.
Pouco a pouco, vou me reacostumando. Começo até a achar divertidinho. Mas não esqueço as questões que me ajudaram a eliminar o consumo: não preciso nem quero estar bonita/arrumada sempre, nem tenho de acumular desnecessidades.
Livre e feliz, essa é a ideia.