segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Logo ali na Alemanha

Uma das razões pelas quais eu quis morar na Europa é a facilidade de passear pra lá e pra cá. A Alemanha, por exemplo, é logo ali. 

No começo de setembro fomos matar a saudade de amigos em Berlim. Como compramos a passagem com antecedência numa low-cost (Easy Jet), pagamos baratinho. Como pagamos baratinho, os voos eram o último de sexta e o primeiro de segunda. Como era uma low-cost, o voo de sexta-feira atrasou mais de uma hora. E o de segunda... também!

Acordamos antes das 4 da manhã para irmos para o aeroporto (que em Berlim é longe). O horário da partida era 6:40. No fim das contas, o avião saiu às 8:40. Sorte que na segunda-feira era feriado em Zurique e eu não tinha de trabalhar!

Em Berlim, passeamos muito a pé, comemos, bebemos e conversamos. Nossos amigos moram no Sony Center, um marco arquitetônico de Berlim. É um complexo de lojas, restaurantes e apartamentos, com essa grande flor, ou guarda-chuva, como cobertura. 

No fim de semana seguinte, fomos a Baden-Baden conhecer pessoalmente a Rafaela, que estava fazendo aniversário. Amizade feita na internet, pelo meu blog e pelo dela! Finalmente conseguimos nos encontrar ao vivo. 

Dessa vez foi um bate-e-volta (fomos e voltamos de trem no mesmo dia). Assim que saímos da estação de trem, começou a chover. Lá pelo meio do caminho, depois que estávamos molhados, o sol resolveu dar as caras... e um arco-íris também! Presente de aniversário pra ela, né.  

sábado, 17 de setembro de 2022

Covirgem

Mais de dois anos pandemia adentro e eu continuo alegremente Covirgem (e o Leo também, claro). Passar grande parte dela nas Filipinas, com suas inúmeras restrições, ajudou muito. Chegando à Europa, já estávamos acostumados a cuidados básicos como usar máscara em lugares fechados, e assim continuamos. 

Aqui na Suíça não há mais limitação alguma. Em janeiro, ainda era necessário apresentar o certificado de vacinação para entrar em restaurantes, mas logo depois isso caiu, mesmo com apenas 70% das pessoas vacinadas (não é um número ruim, mas também não é ótimo). Dois colegas do trabalho pegaram desde que comecei, provavelmente por causa do atendimento ao público, mas eu continuo firme e forte (e mascarada). 

Esta semana tomei minha quarta dose, o segundo booster. As três primeiras foram em Manila, de graça. Em Zurique tive que pagar 60 francos pela aplicação, o que é um preço baixo pela saúde. Estão dizendo que a vacinação vai voltar a ser gratuita lá por novembro, quando o frio chegar para valer, mas preferimos não esperar. 

O Leo tomou semana passada e o braço incomodou bem durantes uns dias. Depois de fuçar na internet, ele me disse para colocar uma compressa quente antes e gelada depois da agulhada, o que funcionou muito bem - meu braço doeu pouco, praticamente só quando eu encostava nele ou tentava dormir em cima dele. Não escapei de um certo mal-estar e uma febrinha à noite (38º), que usei para fazer um charme. Um paracetamol e uma hora de descanso depois eu estava boa de novo. 

O que mais me preocupada na Covid são os relatos das pessoas que dizem que a memória piorou - a minha, que era excelente, tem dado sinais de cansaço faz uns anos. Gostaria muito de mantê-la assim, boa. Porque senão... o que eu ia dizendo mesmo?

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Licença pra ser chata

Então eu li "Silêncio - O Poder dos Introvertidos num Mundo Que Não Pára de Falar de Susan Cain" e aprendi muito sobre os introvertidos. Basicamente os introvertidos apreciam menos estímulos do que os extrovertidos, vivem muito internamente, precisam de tempo para se recuperar depois de eventos e gostam tanto de pessoas quanto os extrovertidos, mas em doses menores. 

O livro defende a tese de que ambas as maneiras de ser são importantes, mas existe um culto aos extrovertidos, principalmente nos Estados Unidos, e isso faz com que, muitas vezes, os introvertidos sejam considerados chatos e esquisitos e acusados de não saberem se divertir. 

Como introvertida de carteirinha, me senti vingada. Não, eu não curto carnaval, micareta, aglomeração, e até shows me deixam cansada. Não sou tímida - na escola, eu participava do coral e do grupo de teatro -, mas não tenho muita paciência com pessoas. Sim, eu era aquela aluna que passava o recreio grudada em um livro. Em certos momentos, tive grupos legais de amigos, mas só quando o santo batia. 

(Acho ótimo ter leitoras no blog. Tenho tempo de ler os comentários com calma, pensar e responder. Lembro com saudade da época de ouro dos blog, antes de as redes sociais tomarem conta da internet.)

Resumindo, eu não sou chata, eu sou só introvertida.