sábado, 25 de janeiro de 2020

Ascensão e queda

Estava eu indo para o trabalho em uma bela manhã de quinta-feira, conversando alegremente com o Leo e um colega que mora no mesmo prédio, quando tropecei em uma entrada de garagem e me esborrachei no chão.

Primeiro bati o joelho, depois a mão, e por fim a maçã do rosto na calçada. Eu nunca machuquei o rosto antes, então não tinha ideia do tanto que doía.  Querem saber? Dói demais.

O Leo me catou e perguntou se eu queria ir pro hospital. Preferi ir pra casa, que era muito mais perto. Mas andar os 200 metros não foi fácil. Foi só levantar que minha pressão, em solidariedade, caiu também. Sentei em um murinho de prédio, respirei fundo e prossegui. Aí a pressão desabou e tive que deitar no chão para não desmaiar.

Mais de um guardinha do bairro se aproximou para ver o que estava acontecendo. Dois ofereceram carona em suas motinhas para me levar para casa. Foi minha grande chance de andar de motinha mas, considerando quão grogue eu estava, tive que agradecer e recusar.

Depois de um tempinho deitada, melhorei e consegui chegar ao apartamento. Apuração dos danos: joelho esfolado (o jeans protegeu), mão ralada e o rosto intacto.

Intacto e doendo. Botei gelo e fui trabalhar. O chefe até se surpreendeu com a ausência de ferimentos, porque o colega chegou explicando que eu tinha me estatelado.

Dali a pouco o rosto começou a inchar e a ficar arroxeado. No fim do dia, eu tinha uma meia-lua lilás na bochecha direita. E um belo hematoma no queixo, que eu também bati na calçada e não percebi.

Hoje é sábado.. e o olho direito está ficando roxo.

Mas que ninguém se preocupe: está tudo bem. Onde eu bati está doendo, mas não tive dor de cabeça, tontura, nada. A queda de pressão foi por causa do susto mesmo.

Pela primeira vez na vida tenho um olho roxo.

Já posso contar que briguei na rua. Vocês precisam ver como o outro ficou.