quarta-feira, 27 de abril de 2022

100 dias na Suíça

No domingo completei uma centena de dias nas terras helvéticas. Quer saber? Estou feliz. A adaptação foi mais fácil do que a de Manila, o trabalho é mais legal, a cidade é mais bonita. E estou adorando o clima fresquinho (como cheguei na segunda metade do inverno, não peguei temperaturas realmente baixas e dias escuros). 

A única coisa que não está andando é a aprendizagem do alemão. No escritório eu falo português; na rua, inglês; e na verdade em Zurique não se fala alemão, mas alemão suíço, um dialeto. Espero que a situação mude quando eu voltar das férias em maio e começar as aulas presenciais da língua germânica. Não vou tolerar ser a pior aluna da sala e isso vai me obrigar a estudar. 

A verdade é que eu ando tranquila e sossegada. Minhas ambições atuais são fazer bainhas nas cortinas do quarto (foi bem fácil instalar, mas sobraram na altura) e decorar as paredes de concreto do apartamento com artes de fabricação própria. Se na kitchenette de Brasília eu arrumei as cadeiras, as mesinhas, a geladeira, a porta do quarto e algumas paredes com papel contact, imaginem agora, com mais espaço e mais verba?

Cartaz do festival de cinema que organizei em Manila

sábado, 16 de abril de 2022

Aventuras na Ikea

Primeiro fomos à loja física espiar. Depois pesquisamos o site. Depois voltamos à loja física. Então fomos ao apartamento novo para tirar medidas. Depois pesquisamos de novo o site. Aí sim, voltamos à loja física e compramos cama, sofá e ilha de cozinha. 

Dias depois uma amiga nos contou que no domingo a loja estaria excepcionalmente aberta e que cada compra geraria um bônus de 20%. Corremos lá para comprar cama de hóspedes, mesa de jantar e cadeiras. E conseguimos que tudo fosse entregue junto na terça-feira. 

Pedimos ferramentas emprestadas para os amigos e montamos tudo (quer dizer, o Leo montou, a Lud ajudou). Menos a cama de casal, que achamos melhor não arriscar. O povo que veio montar demorou para entrar em contato, ligou na parte da manhã dizendo que estava chegando e só deu as caras à tarde, e ainda criou o maior caso porque o prédio não tinha número, o que, segundo eles, os fez perder muito tempo dando voltas no quarteirão até achar o endereço certo.

Sim, o prédio ainda não tem número. Mas se você chega à rua indicada, vê um prédio terminando de ser construído, descobre que o anterior é o 17 e o seguinte o 53, o que você imagina? Pois é. 

Montar os móveis da Ikea não é difícil, é trabalhoso. Depois que você começa a entender os manuais (não tem nenhuma palavra, só desenhos), a coisa flui. Infelizmente só temos um móvel de cada tipo (menos as mesas de cabeceira), porque depois que se monta o primeiro, o seguinte é moleza. 

Seguem as nossas belezinhas: a ilha de cozinha e a mesa de jantar. 


As várias idas à Ikea compensaram: ao experimentar, descobri que a mesa que eu queria comprar era alta demais e me deixava igual a um Tiranossauro Rex, com aqueles bracinhos alcançando o tampo. Troquei para a mesa acima, mais baixa e mais comprida, e estou muito satisfeita. Inclusive com as cadeiras, que são confortáveis e, como não são de tecido, facinhas de limpar. 

É verdade que tivemos que pedir ajuda a um outro amigo para terminar de montar a mesa. Mais especificamente, para virá-la de cabeça para cima depois que a estrutura estava pronta. O Leo não achou que eu daria conta (e ele estava certo). Nada que mais um par de braços fortes não resolvesse. 

A casa ainda não está com muita cara de casa, mas com o tempo vai se ajeitando. A mudança deve chegar no começo de maio, e aí teremos almofadas, toalha de mesa, edredom, essas coisas. 

E pensando onde os trens tudo de cozinha e as roupas vão caber.