Já eu me dou muito bem com o escitalopram. Não é que seja tudo uma maravilha: nas primeiras semanas, perco o sono, perco a fome e ainda acordo de boca seca. A ansiedade aumenta antes de diminuir. Mas, no período regulamentar, ele começa a fazer efeito e dá jeito na praga do combinado ansiedade e depressão. Sim, parece mágica. Terapia ajuda, exercício ajuda, mas pra mim o divisor de água é mesmo o antidepressivo.
O diabo é que é um remédio caro e chato de comprar, porque precisa de prescrição médica. Então, quando estou me sentindo bem há vários meses e o médico fazedor de receitas ficou no último país em que morei, as receitas que ele dá não são aceitas no país atual, e está difícil arrumar um novo médico no país atual, me dou alta por conta própria (não recomendo! Crianças, não tentem fazer isso em casa) e vou diminuindo a dose pouco a pouco, até parar. Claro que só faço isso porque já tive a experiência de retirar a medicação várias vezes com acompanhamento médico, do jeito que tem que ser. E sempre na esperança de que essa foi a última vez que precisei.
Pois é, a esperança não tem se confirmado. Acho que tenho de me conformar com o fato de que tenho um transtorno crônico e ficar feliz de que existe um remedinho pra isso.