Na terça vou completar seis semanas de volta ao Brasil. Foi - e está sendo - muito tranquilo e gostoso. Reencontrar a família e os amigos é ótimo. Contar casos de viagem, idem. Saborear as comidinhas brasileiras, então, nem se fala (só estou frustrada por não ter encontrado Freshen up de canela em Belo Horizonte. Aliás, nesta cidade não tem Freshen up de sabor nenhum). Para completar, estou alcançando minhas metas de encontrar pessoas e dar mais atenção aos meus (quatro) sobrinhos.
Em suma, está tudo bem. Sem choque de reentrada nem nada do gênero. (Minto: tive um choque, sim - com o preço dos vinhos no supermercado. Ou seja, vou voltar a tomar guaraná.)
Mas estou percebendo um troço esquisito: eu, que sempre quis fazer mais mais uma faculdade, mais um concurso e mais uma língua, me vejo, no momento, inteiramente sem ambições. Estou sossegada e satisfeita, e achando isso muito bizarro.
Cheguei a ligar para uma escola de francês e para outra de hidroginástica para pegar informações, é verdade. E parei aí. Entre visitas e passeios, eu organizo materiais de estudo para o Leo, dou umas dormidinhas e fico agarrada no Kindle. Andei lendo livros sobre motivação e força de vontade, para ver se eu me animava com uns objetivos, mas todos eles partem do pressuposto que você já sabe o que quer. E eu não sei, não.
Antes, eu não sabia porque muitas opções me interessavam e eu não conseguia escolher. Hoje, eu não sei porque não sei, mesmo.
De repente eu atingi o nirvana e nem percebi.
Leu o "recalculando a rota" da Alana, Lud ?
ResponderExcluirLeu o "recalculando a rota" da Alana, Lud ?
ResponderExcluirBianca, eu conheço o site da Alana, mas não li o livro, não. Me conta porque você o está recomendando pra mim! O que ele te ensinou? (Pessoa prática quer saber da utilidade da coisa antes de ler, rs).
ExcluirVi no seu blog que você está na França. Amor eterno, amor verdadeiro =D.
Eu diria que essa condição de não desejar me deixa com um pouco de inveja, isso dá uma liberdade mental imensa, eu estou sempre planejando algo. Depois do francês conto os dias para começar a estudar italiano, e há mais lugares que quero conhecer que tempo para tal, a escolha acaba sendo difícil. Então nem sei como é estar quieta sem vontade de sair por aí em busca da próxima experiência, mas não me parece necessariamente ruim.
ResponderExcluirEnfim, só divaguei..mas fiquei aqui pensando o porquê de tanta inquietação e vontade de querer ver e saber cada vez mais.
Pois é, Ilka! Tem gente que não para quieta mesmo. E tem gente que é sossegada. E também tem os que alternam fases de inquietação e sossego.
ExcluirE ser de qualquer desses jeitos não é problema. Só é problema se angustia a pessoa, né?
Eu andava numa fase meio perdida sem saber o que querer da vida para os próximos anos. Tenho um trabalho fixo, sou casada, viajamos bastante. Devo voltar a estudar? Mudar de carreira? Ter filhos? Pensei em contratar um coach pra ver se eu descobria que rumo dar para a vida apesar de estar tudo certo.
ResponderExcluirMas às vezes me preocupo em não querer nada, não estar fazendo mil planos não ter um objetivo e tal. Enfim, fases da vida. Contudo, não acho que estou perdendo tempo ou que as coisas que vivencio no momento não terão utilidade para aprendizados e tal.
Eu andava numa fase meio perdida sem saber o que querer da vida para os próximos anos. Tenho um trabalho fixo, sou casada, viajamos bastante. Devo voltar a estudar? Mudar de carreira? Ter filhos? Pensei em contratar um coach pra ver se eu descobria que rumo dar para a vida apesar de estar tudo certo.
ResponderExcluirMas às vezes me preocupo em não querer nada, não estar fazendo mil planos não ter um objetivo e tal. Enfim, fases da vida. Contudo, não acho que estou perdendo tempo ou que as coisas que vivencio no momento não terão utilidade para aprendizados e tal.
Como disse o Oscar Wilde, "Nessa mundo há apenas duas tragédias. Uma é não conseguir o que se quer, e a outra é conseguir". Depois que a gente realiza nossos objetivos, como faz?
ExcluirArruma outros, claro =D.
Eu estou aproveitando esse tempo meio solto pra me conhecer melhor. Aí meus próximos objetivos serão ajustadinhos com o que eu realmente sou (e quero ser).