segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Vida nova, parte II

Hoje eram cinco da tarde e eu já tinha trabalhado, ido à academia, tomado banho e feito umas mudanças em casa: troquei roupa de cama e capas de almofadas e mudei a mesa de lugar para fazer refeições olhando a árvore que tem do lado de fora da janela.

Acho que a animação é resultado do expediente reduzido, dos exercícios físicos e do fato que tenho tentado evitar chegar em casa e grudar no computador (porque aí o tempo passa, o dia acaba e tenho a impressão não fiz nada de útil).

Em relação à decoração, meu apartamento é bem sóbrio. Já veio com as paredes pintadas de cinza (um mais claro, outro mais escuro); nossos móveis são pretos ou brancos. Até a bicicleta ergométrica, que de vez em quando aparece na sala, obedece a esse esquema tonal.

Eu gosto, e acho relaxante: é um ambiente bem limpo, beirando o minimalista. Só que de uns tempos para cá estou sentindo falta de cor.

Não que eu vá pendurar um Ronaldo Fraga na parede. Mas acho que umas almofadas mais coloridas, uma toalha menos escura, uma caneca um pouco diferente vão deixar a sala mais alegre e meus dias mais leves.

Minha louça é branca, minhas canecas (de chá, não de café, que ninguém toma aqui em casa) são pretas. Fica lindo em cima da minha toalha preta com desenhos geométricos em cinza. Mas, como eu disse, uma hora tanta sobriedade deixou de ser estimulante e passou a ser entendiante.

Aí andei pelo casa botando cor onde era fácil; coloquei a mesa paralela à janela para ver o verde; e até abri a mão - comprei uma caneca nova. Ela é azul-turquesa por fora e amarelo-limão por dentro. Como tomo chá o dia todo, a impressão que eu tenho é que estou bebendo cores.

Ah, e desenterrei o diário da gratidão.

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