terça-feira, 5 de maio de 2020

Fim de férias + aniversário (Diários V)

Passei duas semanas de férias maravilhosas, sem compromisso nem horário. Li livros ótimos, vi filmes e séries ótimos, tirei muitas sonequinhas, fiquei acordada até a madrugada, entrei em contato com azamiga e tomei uns bons drink. Para completar, aprendi a usar o Twitter e acompanhei o seriado "Brasil - quêquitáconteceno" em tempo praticamente real (e muito desgosto. Essa parte não foi boa).

Na quinta-feira fiz aniversário: 44 anos, uma data bem bonita. Encontrei amigos e família em reuniões virtuais, recebi um monte mensagens e recadinhos, tudo isso agarrada numa garrafa de vinho branco gelado que, apesar de esforços contínuos durante todo o o dia, não consegui terminar. Fiquei feliz da vida por tanta gente ter se lembrado de mim.

Ontem, segunda-feira, voltei ao trabalho. Durante o primeiro mês de home office, a loucura do atendimento e repatriação foi tão grande que eu não tinha hora para terminar o expediente, nem fim de semana. Agora, devidamente repousada, quero organizar direitinho a rotina e os procedimentos, porque trabalho remoto não é bagunça, muito antes pelo contrário.

* * *

A quarentena começou em 12 de março; a quarentena reforçada, 15. Vai fazer quase um mês da última vez que saí de casa. Continuo bem e tranquila. E pensando que é importante que as pessoas sejam diferentes mesmo: cada hora é um tipo que lida melhor com a situação.

E falando em situação: agora que o impacto inicial passou, já começo a querer refletir sobre o futuro. Não só o meu, pelo qual não tenho maiores temores, mas os dos outros, e o que posso fazer para cooperar.

* * *

Confesso que em uma ocasião senti muita vontade de furar o isolamento: no domingo, os vizinhos de prédio organizaram uma pequena comemoração no rooftop para um casal que tinha marcado o casamento no país do noivo e foram impedidos pela quarentena.

Fomos convidados. Fiquei doida para ir. Mas pensei um pouco e percebi que seria bem hipócrita da minha parte sair de casa sem necessidade, ainda que o risco para a saúde fosse (avaliação minha, talvez incorreta) pequeno. Me senti uma Pugliesi (falei, agora acompanho as tretas no Twitter) em potencial e recusei delicadamente.

(É, também acho que os vizinhos não deviam ter se reunido, mas o que deu para fazer foi diminuir o risco de todos com minha ausência.)

2 comentários:

  1. Oi, Lud! Feliz aniverário atrasado, mas com os melhores votos de felicidade e saúde. Beijo

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