domingo, 11 de outubro de 2020

Altos e baixos, digo, médios

No fim das contas, minha quarentena tem sido tranquila. Sigo trabalhando - às vezes em casa, às vezes no escritório -, não tenho preocupações financeiras e a casinha é confortável. 

Mas confesso que às vezes suspiro profundamente quando vejo no Instagram amigos que moram em outros lugares e estão bem pimpões passeando por aí. Estão certos eles (quando tomam os devidos cuidados: máscara e distanciamento social), até porque daqui a pouco as quarentenas vão voltar em todo lado e ficaremos todos emburrados em casa. 

Sei que estou reclamando de barriga cheia e, portanto, nem digo que são pontos baixos da minha rotina. São mais médios mesmo. 

Amanhã Manila completa sete meses de restrição de movimento. É a mais longa quarentena do mundo

Já foi pior: houve períodos em que só uma pessoa da família podia sair de casa, com um passe, para comprar comida e remédio. Agora podemos sair os dois e até entrar em estabelecimentos fechados, se estivermos de máscara e face shield e deixarmos os dados de contato. 

Viajar? Nem pensar. Não podemos sequer sair da cidade. E viajar é uma das coisas preferidas da nossa vida.

Umas das razões pelas quais ficamos tão felizes de vir para a Ásia foi pela facilidade em visitar tantos países interessantes. Sem falar das próprias Filipinas, com suas mais de sete mil ilhas e suas paisagens de cair o queixo. 

Não que eu ache uma boa ideia entrar em um avião neste momento. O plano era alugar um carro e dirigir até um destino não-aglomerado. Nem isso está rolando. 

Então fica aqui a minha frustraçãozinha, tão pequena diante da tragédia da pandemia. 

4 comentários:

  1. Oi, Lud, eu te entendo completamente. Aqui na Alemanha tivemos um verao quase normal, mas bem longe do que eu estava planejando e esperando. Estava tao animada por ter companhia, compramos ingressos para vários concertos e teatros... Nao rolou nada disso, mas fizemos nossos tours de bike ainda com liberdade e tranquilidade. Agora, como você bem prevê, estamos voltando aos estágios iniciais, acho que o inverno vai ser bem difícil - além de já ser difícil por natureza. Até o encontro de natal com a família está já sendo questionado.
    Também nao gosto de reclamar, pois tenho clara nocao do quanto somos privilegiados.
    A parte de nao poder viajar também me deixa meio deprê, mas tento pensar que num futuro nao tao longe vamos poder colocar o pé na estrada de novo.
    Espero que vocês fiquem bem por aí.
    Beijo
    Rafa

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    1. Pois é, Rafa. O jeito é pensar no futuro, né? Já estamos sonhando com o futuro posto (em 2022), rs.

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  2. Oi, Lud! Pelo que você conta, feliz de vocês terem saído do Brasil. Aqui tá o caos!! As pessoas vivendo como se a pandemia fosse uma moda que já passou... Tenho saído de casa só pra trabalhar (pelo menos, não todos os dias) e fazer compras, quando realmenten necessário (estamos tentando fazer, sempre que possível, por delivery).
    A gente brinca que Brasil não vai ter uma segunda onda da doença porque não vamos sair da primeira e parece cada dia mais real...

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    1. Oi, Andrea! Eu e o Leo estávamos justamente discutindo justamente isso, que deve estar muito difícil a situação no Brasil. É barra ficar em casa quando está todo mundo na rua. Aqui pelo menos o pessoal usa máscara e mantém a distância social.
      Força aí!

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