Uma das coisas mais legais de me desfazer de um monte de coisas e sair viajando foi a sensação de liberdade. Que beleza, posso fazer o que eu quiser! (Com disciplina e responsabilidade financeira, claro.) E a expectativa: agora, com tempo e liberdade, vou descobrir o meu verdadeiro eu, aquilo que eu nasci pra fazer, o significado da vida etc. etc.
Tô esperando até agora.
* * *
Ok, não é verdade: no fim das contas, eu cheguei às respostas - pelo menos às minhas respostas - , sim. Só que é muito sem glamour. Querem saber? É simples: meu verdadeiro eu é o que faço todos os dias; nasci pra fazer o que eu escolher, dentro de limites razoáveis de tempo e espaço; o sentido da vida é o que a gente constrói.
Cadê o insight? A iluminação? O final de O Sexto Sentido? Tem nada disso não, fofas. Tem é trabalho, esforço e escolhas mesmo.
Mas isso é um super insight Lud! A vida acontece AGORA. No trabalho, no ponto de ônibus, no mercado, na fila...
ResponderExcluirA maior parte das pessoas não chega a essa conclusão aparentemente óbvia, então é um tal de: vou ser feliz quando...tiver tal emprego, casar, viajar pelo mundo, tiver filhos, for rico, aposentar-me, emagrecer x quilos, comprar uma casa ou qualquer outra coisa que imaginar, e enquanto isso o tempo vai passando e a felicidade (nem gosto muito de falar em felicidade porque ela tem um significado no nosso vocabulário que beira a euforia) está cada vez mais distante.
E cada um tem seu tempo e maneira de achar suas respostas e seu caminho.
Beijo!
Siiim, mas eu queria fogos de artifício e orquestra sinfônica, né? =D
ResponderExcluirquero fogos de artifício , desculpaaaaaaaaaa
ResponderExcluirNão é? Não é?
ResponderExcluirLud, eu acho que tem as escolhas: se escolher, fazer suas escolhas e se permitir ser escolhido. O trabalho e o esforço pode ou não estar nestas escolhas. Assim como o ser feliz, quando e como ser feliz. Poderia ser simples, mas parece que sempre preferimos complicar rsrsrs No momento estou digerindo estas constatações e analisando minhas escolhas - consolidando algumas e dando adeus a outras. Mas o mais difícil para mim tem sido o me permitir ser escolhida - veja só... porque há os chamamentos (e não falo de nada extraordinário ou sobrenatural, claro. Falo de coisas simples mas decisivas do dia a dia) e é preciso quase sempre "trabalho e esforço" para atendê-los, e um tanto de coragem. Mas ignorar tudo isso também é uma escolha. Você não ignora, cuida das suas escolhas, e há muito aí, mesmo sem fogos de artifício.
ResponderExcluirPura verdade, Mi.
ExcluirE que bom que você está passando por uma fase de decisões com visão e serenidade.
Fogos de artifício! Fogos de artifício! Eu quero fogos de artifício!!
ResponderExcluirWe all do, don't we? =D
ExcluirPassar anos viajando vale muito mais do que fogos de artifício, Lud. Mas sabe o que eu acho que te daria a 'sensação de fogos de artifício"? Escrever um livro. Prometo que compro se vc escrever. ;)
ResponderExcluirOs anos viajando foram exatamente um momento fogos de artifício: vender tudo! Pedir licença! Sair pelo mundo! É desse tipo de grandes gestos que eu estou falando, rs. E que eu aprecio muitíssimo.
ExcluirSó que a vida não é feita (só) de grandes gestos. É feita de um momento após o outro, muitos deles absolutamente comuns. E é o que a gente faz no dia a dia que nos faz quem somos, muito mais do que espetaculares decisões. Decidir pode ser difícil, mas mais difícil ainda é seguir naquele rumo sem desanimar.
Eu acho.
Ah, e obrigada pela oferta de comprar o livro!
ExcluirSei como é.
ExcluirEstou há três anos estudando para concursos. Não são três anos certinhos, com a dedicação correta, o vento favorável, mas sigo, sem desanimar. Um dia chego lá. ;)
Confesso que eu adoro as coisas pequenas da vida. O bolo quentinho, acordar tarde no domingo, passear com o cachorro, aquela brisa que bate quando você não espera, o beijo quando se chega do trabalho...
Os grandes momentos eu geralmente enxergo muito mais como uma prova da vida - pra ver se vc aguenta o tranco -, ou uma recompensa por um grande esforço. Passam tão rápido... não se vive deles...
Eu acho a vida bonita. As vezes ela é bem difícil, mas é bonita. ;)
Que lindo, Emanuelle! Estou tentando ser mais assim.
ExcluirAplaudo sua dedicação aos estudos. Boa sorte nos concursos!
Obrigada. ;)
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ResponderExcluirLembrei do Jon Krakauer contando que ele decidiu escalar montanhas, quando jovem, pensando que, como mágica, iria resolver instantaneamente seus problemas existenciais. E ficou decepcionado quando chegou ao topo da primeira montanha e desceu, nada havia mudado dentro dele. É difícil aprender que, existem sim os momentos mais bombásticos e excitantes, mas a vida, na maior parte do tempo, é o que acontece na rotina cotidiana. Nos resta aprender a colorir nossos dias comuns, estou me empenhando em aprender. Adoro seu blog!
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