quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Caso do Bagulhismo

Eu não sei se é porque, quando eu era pequena, tinha de dividir tudo com a irmã D.; ou se é porque minha mãe adota o lema “quem guarda tem”. Só sei é que sempre fui adepta do bagulhismo radical, isto é, da capacidade de nunca jogar nada fora, e ainda requisitar o que os outros querem dar fim.

Isso é passado. Depois que arrumei um maridinho minimalista, fui percebendo que não precisava guardar todas as caixas vazias dos presentes de casamento (eu me agarrei a elas durante umas boas semanas), nem todas as revistas que eu compro, nem todos os livros que ganho. O que não quer dizer que virei uma pessoa totalmente desprendida – a roupas, como já contei, sou mais apegada -, mas melhorei bastante. Juro.

Mesmo assim, os preparativos da mudança estão sendo uma prova de fogo. Se dependesse do Maridinho, ele ia só com a roupa do corpo, o computador e a televisão. Já eu fico tentando avaliar se, na nossa nova vida, vamos precisar justamente naquele negocinho que, aqui, passamos seis meses sem usar.

Maridinho me convenceu facilmente a doar a bicicleta ergométrica e pesinhos e caneleiras do tempo do onça, mas fico dividida quanto aos itens de cozinha. Tudo bem que as nossas habilidades culinárias atuais se restringem a brigadeiro, ovo mexido e sanduíche, mas vai que em Brasília viramos gourmets? Lá tem um monte de lugares que vendem ingredientes diferentes e interessantes, oras.

13 comentários:

  1. Leva!

    Pronto, falei. Leva os da cozinha, vai por mim. Leva, sim.

    Bj,
    Rita

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  2. Eu nao guardo bagulheira nao, mas coisas como livros, diarios, quadros e bibelos de decoracao e utencilios de cozinha saio carregando: qd me mudei de Dublin pra Austria, gastamos uma fortuna com transportadora, por mais que eu tenha usado a formula: seis meses sem uso= disponha, daí deixei só roupas mesmo para trás.
    E toda vez q vou no Brasil, vou com a mala vazia pra ir trazendo meus livros de lá pra cá.

    Ouve a Rita: leva sim.

    Bjim

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  3. Eu sou adepta do desprendimento, exceto para livros, o resto deixo tudo pra trás.
    Mas concordo com a Rita, os de cozinha pelo menos você deveria levar.

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  4. Eu tenho esse mesmo problema "ao contrário), eu jogo tudo que posso fora, jogo até o que vou precisar num futuro imediato, ou seja eu estou sempre me arrependendo do que joguei fora, foi o mesmo com as minha malas quando vim da Holanda pra cá, enquanto a minha amiga se descabelava com os kilos a mais, eu tinha kilos a menos... mas isso vem da minha mãe, que toda semana achava que eu tinha que fazer uma limpeza, mesmo que eu ainda nao tivesse acumulado o suficiente pra isso, ela queria ver se eu tinha mesmo praticado o desapego ahahha

    beijao

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  5. Deixa o seu pão-durismo dominar: vc vai mesmo querer jogar fora pra depois ter que comprar de novo? Não, não é pra levar bacia rachada, mas tem coisa que precisa mesmo numa cozinha (nem que seja pra EU cozinhar lá em BSB, hehe).

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  6. O maridinho pergunta: O que são os bagulhos de cozinha que ele quer se desfazer? Os 25 potes de sorvete vazios que alguém guardou? Ou umas coisas tão estranhas que nem nossa faxineira descobriu o que era e não quis ficar com eles?

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  7. Maridinho, os 25 potes de sorvete (vazios, infelizmente!) eu concordo em deixar para trás. Mas todos os outros itens de cozinha, olha só, é unânime que eu tenho de carregar comigo.

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  8. Maridinho, os 25 potes de sorvete (vazios, infelizmente!) eu concordo em deixar para trás. Mas todos os outros itens de cozinha, olha só, é unânime que eu tenho de carregar comigo.

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  9. Você usa mesmo esses utensílios?? XD Se não, doa, ué.
    Voto vencido, mas voto pra você não levar.

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  10. da' pra isa! da' pra isa! ela quer :)

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  11. ah! e o nome cientifico eh 'acumuladora compulsiva'. eu sou.

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  12. Isa, vc quer 25 potes de sorvetes vazios? Qual o problema de vocês? Não tiveram absolutamente nada quando crianças? Sei lá, nem uma tapinha de garrafa como brinquedo?

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  13. Nossa, lembrei deste post ontem. tava venda a Oprah (oi? férias, tédio...) e o programa era sobre acumuladores compulsivos, pessoas que não conseguem jogar nada fora, aí a casa fica tomada pela tranqueirada. Acho que não é o seu caso, então leve as coisas de cozinha. Até porque restaurante em Brasília deve ser mais caro do que onde você mora atualmente, o que é sempre um bom incentivo pra aprender a cozinhar...

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