terça-feira, 27 de julho de 2010

O Caso do Corpo Útil

Sempre fui péssima em esportes. Mas ninguém se preocupava com isso, porque, afinal, eu era uma criança magrela. O povo queria era que eu comesse mais e me agitasse menos.


Minha preocupação com o corpo começou lendo Capricho e continuou por meio da revista Cláudia e da revista Nova. Elas queriam que eu tivesse uma pele lisa e uniforme e nada de gorduras localizadas. Como alcançar o ideal? Fazendo tratamentos estéticos e usando produtos de beleza, claro (olá, consumo!). Quando aparecia alguma indicação de atividade física, o objetivo era só perder peso.


Há três anos anos achei que não estava tão magra quanto habitualmente e acompanhei o Maridinho em uma dieta. Perdi cinco quilos, o equivalente a quase 10% do meu peso. Não fez diferença alguma em minha vida, a não ser na satisfação de comprar roupas tamanho 36. E isso lá é conquista que faça alguém se orgulhar? Fala sério. Não é como se eu tivesse perdido peso por motivos de saúde. Foi pura vaidade.


Enquanto isso, continuei descoordenada, fraquinha, sem fôlego e sem consciência corporal. Mas isso não importa, porque afinal de contas eu sou magra, né?


Pois é, cansei. Eu não quero mais um corpo magro, eu quero um corpo útil. Que tenha força e coordenação, que consiga carregar pesos grande não fique batendo em quinas por aí. Que, em caso de necessidade, consiga me defender.


Ou, no pior dos casos, sair correndo.


6 comentários:

  1. Lud,

    Certíssima! Eu, como ao contrário de você sou é mais cheinha, mas não tô preocupada em voltar a usar 42: quero é ficar mais ágil, que os joelhos não doam, e que meus músculos ajudem a circulação das pernas a funcionar eficientemente. Tô fazendo pilates e tô gostando, e olha que eu tenho um super preconceito de academia. Mas tô indo numa bem simples, de bairro, e a música é bem tranquila, não me irrita. Tomara que você encontra algo que te faça se sentir bem também!

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  2. Me indentifiquei muito com seu post. Tambem era magrela e o preferivel era que eu ficasse paradinha para nao gastar calorias. Nunca fui muito de esportes mas a Yoga me pos em forma como nunca imaginei. Descobri que o meu proprio peso aplicado a diferentes partes do meu corpo atraves das diferentes poses eh muito maior do que os das maquinas de academia que experimentei (e nao gostei nem um pouco) na minha adolescencia. Os desafios e aprendizados em cada pose sao tudo menos monotonos e de quebra ainda exercitamos a parte respiratoria, a mente, alimentamos a alma, enfraquecemos o ego, entre muitos outros aprendizados. Tenho praticado ha cerca de oito anos, em tempos de guerra e tempos de paz, inclusive durante duas gestacoes. Recomendo!!! Um abraco.

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  3. Lud, eu acho que a Iara e a Angela encontraram o caminho, que é fazer uma atividade física prazerosa. Eu tenho horror de academia. Tenho horror de atividade física por si só. Eu gosto de correr ao ar livre, pra curtir a paisagem, observar as pessoas, aumentar meu condicionamento físico e capacidade respiratória e ainda sinto aquele high depois de correr. Adoro!
    Gostava de capoeira também, porque tinha toda a coisa grupal, de música, ritmo, cultura e elasticidade, que inclusive tem em feito muita falta. Penso bem em fazer yoga, porque dizem que melhora a ansiedade (olha que bom pra gente), ensina a respirar, tonifica e ajuda a flexibilidade, além de ser uma atividade e um ambiente agradáveis.
    Eu vou começar a praticar tênis mês que vem, que dizem ser muito divertido. Lembro que você fez um tempo. Gostou?
    Saudades...

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  4. Eu - finalmente! - me acertei com alguma atividade física. Não pra perder peso (o que não me faria mal) ou pra ficar, sei lá, definida, mas pra ter condicionamento físico e flexibilidade, e resistir às dores que vão chegando. Ainda me irritam profundamente os papos de academia de regime e coisas malucas pra "ficar em forma", mas eu finjo concordar, e mudo logo de assunto pra coisa mais interessante.
    Estou tendo alguma dificuldade de me acertar na nova cidade com um lugar legal, mas hei de!
    E no começo eu odiava, e achava besta, mas não é que fazer alguma atividade física realmente ajuda no stress?

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  5. Eu já fiz localizada, musculação, pilates e yoga, mas gosto mesmo é da yoga.

    A yoga é muito boa para ganhar força, equilíbrio, e de brinde, um aumento na concentração. No meu caso específico, que acho a yoga tradicional um pouco parada demais, a ashtanga yoga é mais adequada. É bem forte, e aumenta também a capacidade respiratória. O tipo de força para fazer as posturas é diferente da força que trabalhamos na musculação, o corpo parece que trabalha mais uniformemente.

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  6. Pronto, vou cantar junto: yoga é o que há. Faço minhas as palavras da Ângela. Tô feliz da vida de ter retomado minha yoga essa semana, depois de meio ano parada! E ainda arrastei o marido junto! Delícia. Como a Daniela, gosto da Ashtanga: bem puxado, na medida para quem acha o papo da meditação paradeza demais. É forte, mas logo a gente entra no ritmo, porque a prática É muito eficiente MESMO.

    Beijos
    Rita

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