quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Caso das Regras

De vez em quando eu dou uma pipocada nos blogues de moda e maquiagem, que antes me agradavam tanto, para ver se eu estou perdendo alguma coisa. Conclusão: acho que não estou, não. E eventualmente eles são divertidos, juro. É só não levá-los muito a sério.

 
Como dizem, a grande vantagem do capitalismo é que você não é forçado a nada. Tem a pressão psicológica, é claro, mas é sempre possível optar por dar um passinho atrás e dizer não, obrigada. No meu caso, eu parei de ler revistas femininas. E agora que não sei mais quais são os lançamentos, as tendências e os tem-de-ter, isso não me preocupa mais, nem um pouquinho.
 
Ah, mas tem uma coisinha que me incomodou nos blogues, sim: os como-usar, os certo-e-errado. Tem regras que fazem sentido, como circular à direita nas estradas. E tem outras que são pura chatice. E daí se a pessoa quiser usar oncinha da cabeça aos pés? Ou sair igual a um soldadinho de chumbo? Ou usar batom azul? (Todo mundo sempre achou um horror, mas parece que agora é "tendencinha".) Fica um monte de gente dizendo que você pode usar sua aparência para se expressar, mas ai da coitadinha que sair fora das regras. Vai aparecer na lista das mais mal-vestidas ou ser indicada para um programa de antes e depois.
 
Eu sei, é o mercado. Se todo mundo puder se vestir do jeito que quiser, e não ligar a mínima para as novidades da estação, como convencer as pessoas a comprar mais um sapato/mais uma bolsa/mais uma roupa/mais um perfume? O sapato/bolsa/roupa/perfume teria de ser realmente espetacular/útil/confortável. E isso daria muito trabalho.

10 comentários:

  1. conheces o blog

    http://dechanelnalaje.wordpress.com/

    acho q irias adorar :-)

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  2. É a eterna contradição! Como incentivar esse vestir "livre" e de acordo com o estilo de cada um, se uma hora a sua camiseta gasta é brega e noutra é uma "t-shirt podrinha" (eca). Acho "gasta" ou "velha" adjetivos bem melhores do que "podrinha" (eca de novo).
    Eu já li mais esses blogs, já comprei revistas femininas. Agora nem ligo mais. Já é tanta cobrança na vida, por que querer mais essa? Ju

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  3. Tudo é relativo, já dizia alguém aí.

    E a LUD já foi citada neste site, aqui:

    http://dechanelnalaje.wordpress.com/2010/02/12/segunda-licao-voce-nao-deve-estar-bonita-para-os-outros-e-sim-para-voce-mesma/

    Regras são regras, que cada um@ tenha as suas e as assuma, e depois recicle, repense, mude.

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  4. Mi,
    eu conheço, sim, e gosto bem! (E nem é porque ele me citou, hohoho.)

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  5. Ju,
    é isso mesmo: a gente já tem tanta preocupação, pra que arrumar mais uma. Que nos força a estar sempre gastando, além do mais!

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  6. Andei Pensando,
    se cada um tem as próprias regras, elas continuam sendo regras?

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  7. Lud,
    Te amo linda!

    Acho que é isso mesmo, se nos sentimos bem, usemos o que der na telha!
    As vezes penso em usar alguma maquiagem, ou comprar mais um par de sapatos e a bolsa mas... Acaba que nem tenho espaço e tempo para me montar toda vez que boto o nariz na rua...
    Desculpa a intimidade e ainda mais no primeiro comentário, mas voce expressou tão bem o que sinto que nem deu para controlar!

    beijos

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  8. Ei, Lud!
    Você tem taaanta razão! Sabe que cada vez mais eu tenho pavor de revistas femininas. É a única parte do Backlash que eu não concordo muito, que diz que tentam atacar as revistas femininas, mas elas são importantes. Eu acho que não, viu? Eu acho que elas são extremamente machistas e que perpetuam uma mentalidade que é maléfica para as mulheres: além da questão óbvia da exigência da beleza, da venda de cosméticos e das críticas; tem também aquela ideia de que os homens são o centro do nosso mundo, que as outras mulheres são nossas concorrentes... Todos aqueles pensamentos que fazem tão mal pra gente. Por isso evito, e falo mal sim. A alternativa que tenho buscado de me informar tem migrado para a internet, para alguns blogs muito bons, esclarecedores e que aumentam nossos horizontes e senso crítico, como o seu :)
    Um abraço!

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  9. Lud, tentando responder sua questão sobre as regras. Quando elaboramos nossas próprias regras elas são chamadas auto-regras. É bem mais importante que cada um elabore suas próprias regras, já que elas serão concebidas a partir da sua história individual e da sua interação com o mundo. Assim evitamos aquelas regras-clichê, que, ao seguirmos, podem é atrapalhar ao invés de ajudar.
    Bom, essa resposta tá com o meu viés "psicóloga". beijo :) Ju

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  10. Realmente essa liberdade não existe. Não aguento mais ter essas "tendências" empurradas na minha cara.
    Acho revoltante a hipocrisia com que eles tentam transformar peças consideradas de gosto duvidoso, em "hit", "must have", talvez pela falta de criatividade em inovar e criar algo. O que são aqueles clogs? Um calçado que só será utilizado uma estação para cair no limbo novamente. Sustentabilidade passa longe.
    Alguém mais acha aquela bolsa birkin com cara de idosa milionária?
    Ah, Lud, qual sua opinião sobre brechós?

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