segunda-feira, 2 de março de 2015

O caso do burnout (ou esgotamento) de viagem

Li em vários blogs de pessoas que viajam por longos períodos que é comum, depois de um tempo, a gente ficar exausto. Não acontece com todo mundo, mas é um negócio que existe, sim.

É claro que eu não achei que ia rolar comigo. Primeiro porque tentamos ficar sempre em casas e apartamentos, em vez de albergues e hotéis impessoais; depois porque alternamos períodos mais puxados, com várias cidades por semana, com estadias mais longas e tranquilas.

Mesmo assim, depois de quase dois anos de viagem, bateu.

O Leo sugeriu passarmos dois meses em Paris, em um apezinho confortável. Segundo os blogs, parar em um lugar e estabelecer uma rotina é o melhor remédio para o burnout.

Os dois meses foram ótimos (a gente adora a França!), mas infelizmente não funcionou. Continuei sem vontade de viajar mais. Resultado: compramos a passagem para o Brasil.

Eu queria entender o que aconteceu, tanto para aconselhar futuros viajantes quanto para tentar fazer diferente na próxima vez (é claro que vai ter uma próxima vez! Ainda que seja depois que eu me aposentar).

Por enquanto, a hipótese nais promissora é que eu sou chata mesmo.

9 comentários:

  1. Talvez não há o que entender. Aconteceu e pronto. Não é exatamente um problema que precise ser resolvido. O importante é que você aproveitou bastante as viagens e agora volta com tempo pra analisar, digerir, e quem sabe, já planejar as próximas.
    Bem-vindos.

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    1. De fato, talvez não haja. O negócio é que eu sou curiosa, né? Queria saber a razão da diferença entre a minha reação e a do Leo, que poderia (e gostaria!) de continuar viajando indefinidamente...
      Obrigada pelas boas-vindas!

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  2. Num mundo ideal, a gente ia poder se teletransportar pros lugares longe, absorver um pouco, voltar pra casa pra digerir, e ir de novo na semana seguinte. Como ainda não temos teletransporte, o jeito é viajar quando e como dá.
    Sou estou muito feliz que vou ver vc logo! ;)

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  3. Mas eu acho até que você aguentou bastante! Eu ia estar esgotada em dois meses!
    Sério, eu preciso de tempo para processar as coisas. Eu curto muito planejar a viagem e viajar, mas adoro voltar para casa e para a rotina.

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    1. Ah, eu também sou assim. Mas a ideia do sabático não era "só" fazer um monte de viagens: era morar fora, estudar línguas, experimentar coisas novas... testar um outro estilo de vida, basicamente.
      E eu gostei bem, até que deixei de gostar =D.

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  4. Patrícia Carla Chagas2 de março de 2015 às 14:52

    Assim que vi a notícia da volta de vocês e o seu primeiro post aqui pensei em esgotamento psicológico sobre a falta de casa/lar. Dois anos maravilhosos viveram, muitos lugares, tudo muito bom e o plano do sabático éra de tres anos, porém, a gente muda, as emoçoes mudam. Não cobre de si respostas, já já começarão uma vida nova. E que venham muitos posts legais para compartilhar conosco, rsrs.
    Um abraço,
    Patrícia

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    1. É verdade, as coisas mudam! E vão continuar mudando, até a gente morrer, rs. O jeito é mudar junto, né?

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  5. Eu admiro demais quem consegue ficar tanto tempo longe de casa. Eu moro longe da minha familia, e agora formei a minha (bem grande por sinal). E amo viajar, e viajo sempre. Mas depois de uns 15 dias sinto falta de casa, da minha casa. Não tanto das pessoas (pois marido e filharada estão sempre comigo), mas da casa mesmo, da rotina, de não viver "acampada"...

    Admiro ainda mais sua capacidade de saber dizer "chega".
    Boa sorte e bem vinda,

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