O assunto consumo tem estado em alta aqui no blog. Parte da culpa é da pandemia e da eterna quarentena em Manila, mas é verdade que meu relacionamento com as compras tem se alterado um pouco nos últimos tempos.
Pessoalmente, adoro ser pão-dura. Não só utilizo a criatividade para resolver as coisas em vez de adquirir um bem novo, como, quando preciso comprar, simplifico minha vida optando pelo mais barato.
No entanto, esse modus operandi deixou de ter um objetivo e se tornou um fim em si mesmo. Virei Tia Patinhas total.
Depois da remoção, o Leo foi me convencendo que gastar parte do nosso próprio dinheiro em bens que nos trouxessem conforto não era pecado, nem ia nos arruinar.
No começo, foi difícil. Acho que tinha desaprendido a comprar. Sofria mais com a grana gasta do que aproveitava a aquisição. Ano passado, houve um episódio lendário em que fomos a quatro shoppings procurando itens de casa e saímos de mãos abanando. Nesse dia até o Leo, esse santo homem, perdeu a paciência.
Pouco a pouco, vou me reacostumando. Começo até a achar divertidinho. Mas não esqueço as questões que me ajudaram a eliminar o consumo: não preciso nem quero estar bonita/arrumada sempre, nem tenho de acumular desnecessidades.
Livre e feliz, essa é a ideia.
Gostando ou não, ser "tia patinhas" hoje em dia é até "ohhh" hehehe.
ResponderExcluirTem males que vem para o bem, ninguém esperava essa crise decorrente da pandemia, mas algumas coias burocráticas foram facilitadas com o uso web e obrigatoriamente aprendemos o valor do dinheiro e de como gastar desnecessário é como o nome, desnecessário. Em vez de uma roupa chique para uma festa, uns moletons quentinhos e baratinhos são mais atraentes hoje, enfim, cuidar de onde gasta ficou pra aprendermos na marra, e não é fácil, com tudo subindo e algumas coisas absurdamente, dobrando de preço ou mais ainda.
Tem um grupo no fb de "faça você mesmo", ali aparecem maravilhas com poucos gastos e muita criatividade, está tomando muita força essa parte.
E convenhamos que consultar preços hoje é mais que necessário, se já era antes, hoje é fundamental. Um exemplo: meu notebook estava ruim, embora eu entenda um pouco, consultei um técnico pois uma parte fugia da minha alçada, o monitor que era touch deixou de ser, placas usb não funcionavam. O senhor, depois de mais de uma semana, orçou em mil reais o touch, trezentos a usb e cem reais pela "análise". Ok, errei em ter feito com ele pq poderia ter consultado um grátis, mas esse tinha histórico de arrumar de empresas há 20 anos. Então, marchando nos cem, que hoje é complicado, resolvi arriscar e comprar uma placa usb nova, na china. Custava 10 dólares, arredondando. Isso com frete, quando chegou, sem taxa pelo valor, consultei outra assistência o quanto cobrariam só pra trocar, eu já tendo a peça. Foi 40 reais, e além das duas portas usb voltarem a funcionar, a parte touch do monitor encaixava ali e por isso não funcionava. Resumo, uns 90 reais o total, pra estar 100%. Poderia ter sido 1300 no primeiro técnico,valor absurdo e que poderia ser, antes da pandemia, o valor de venda dele, caso vendesse, considerando a desvalorização anual, talvez estivesse nesse patamar máximo. E opções pra compra, teria configurações piores ou muito piores (com pouca memória soldada ainda que nem daria pra trocar) e por mais que o dobro do que ele custou na época, que foi comprado novo, em 2017.
Temos que incorporar alguns ensinamentos do tio patinhas para sobrevivência e viver melhor, com mais liberdade de menos parcelas para comprar algo pior do que tínhamos ou de encomodação de pagar super alto por algo que não vale nem a metade.
Oi, Adriana! Concordo em gênero, número e degrau! Temos que cuidar muito bem do nosso dinheiro, porque ninguém mais vai fazer isso pela gente.
ExcluirAdoro os "faça você mesmo". Além da economia, me sinto autônoma e criativa. É ótimo!
Excelente sua solução para o notebook! Vou me lembrar disso quando o meu der problema (porque uma hora dá, rs).
Beijos!