Voltamos do Brasil no comecinho de fevereiro. A conexão foi em Lisboa e durou 7 horas. Pois não fosse por isso: guardamos as malas no maleiro ("cacifo") do aeroporto e tocamos para a cidade.
Era sábado, era cedo, o céu estava lindo e Lisboa também.
Voltamos do Brasil no comecinho de fevereiro. A conexão foi em Lisboa e durou 7 horas. Pois não fosse por isso: guardamos as malas no maleiro ("cacifo") do aeroporto e tocamos para a cidade.
Era sábado, era cedo, o céu estava lindo e Lisboa também.
Passou batido porque minha família estava aqui no Ano Novo, mas não é que 31 de dezembro de 2012 foi o aniversário de 10 anos da data em que saímos pelo mundo?
O tempo voa, meus amigos. Em 2015 voltamos para o Brasil, em 2016 fiz a prova de oficial de chancelaria , em 2017 fui nomeada, em 2018 trabalhei dois meses em Munique, em 2019 fomos para as Filipinas e hoje estamos belos e faceiros em Zurique.
Era 2013. O lugar eu deixo vocês adivinharem. |
Minhas irmãs, minha mãe, minhas tias e eu temos o tamanho parecido e a filosofia de que uma hora toda tendência volta. O resultado é uma grande circulação de roupas, inclusive porque a gente passa as peças pra frente e não raro encontra com elas de novo lá na frente.
A guardiã desse pool é minha mãe, que guarda nos amplos armários de seu apartamento roupas de quase meio século (como um vestido que ela usava quando estava grávida... de mim!) e sempre tem algo a oferecer quando passamos por lá.
Já faz um tempo que deixei de acompanhar as modas (desde 2010). Desde então, só uso o que acho bonito e confortável, nas cores que eu gosto: preto, branco, azul-marinho, vermelho, vinho (e azul e verde intensos). O bom é que tudo combina com tudo e eu fico feliz com todas as minhas roupas.
Dessa vez voltei de BH com três vestidos curtos, dois vestidos longos, uma blusa de um ombro só, uma camisa de manga curta e uma calça de ginástica. Pronto, estou equipada para o verão (menos a calça de ginástica, que é pra ser usada já. Se eu queria um sinal do universo que estou precisando desenferrujar os músculos, olha ele aí. Na verdade, é o segundo sinal do universo, porque o primeiro foi...
... andar a cavalo no Brasil (meus pais têm um sítio, no sítio tem um cavalinho). Achei ótimo, mas subir no cavalinho foi uma dificuldade).
Verde e e azul |
O último post foi bem mal-humorado, e a culpa nem foi toda de BH, coitada. É que eu e o Leo, quando reencontramos as famílias por tanto tempo, ficamos aflitos. Acho que nos acostumamos a ficar na nossa casinha, tranquilos e contentes, e passar quase duas semanas morando com os pais, que têm seus próprios hábitos e para quem nunca crescemos de verdade, nos deixa desorientados. Para completar, no quarto que a gente fica o wi-fi não funcionava, então nem nos esconder para ver Netflix foi uma opção.
Por outro lado, foi uma viagem muito útil: fizemos exame médico para renovar carteira de motorista, desbloqueamos cartão de crédito, tomamos a quinta dose da vacina de Covid. Revimos amigos e parentes, comemos pão-de-queijo, empada e mandioca frita, tomamos Mate Couro, Guarapan e Grapete. E ainda voltei com um monte de roupa nova, mas aí é caso para outro post.
Vista de BH da varanda do meu padrinho |
Para mim essa viagem lembrou muito uma época em que estava na segunda faculdade, deprimida (de verdade) e meio perdida na vida. Estava doida para arrumar emprego e sair da casa dos meus pais, e isso demorou mais do que eu queria para acontecer. A parte boa, claro, é que esse tipo de recordação faz perceber como tudo mudou para muito melhor. No final, tudo dá certo - se ainda não deu certo, é porque não chegou ao final.
Em retrospectiva, planejamos mal: devíamos ter tratado como outra viagem de férias. Ou seja, marcado passeios, feito listinha de restaurantes e confeitarias, ido à Brasília, São Paulo e Uberlândia ver pessoas queridas.
Fica para a próxima. Que, se tudo der certo, será em seis anos e meio, quando eu for obrigada a voltar a trabalhar no Brasil.