sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Caso do Casamento Diurno

Eu e Leo fomos padrinhos de casamento de um amigo muito querido dele (e meu também). Normalmente eu arrancaria os cabelos decidindo a roupa, porque a cerimônia estava marcada para as cinco da tarde (não, não foi aquele casamento ao qual eu estou planejando ir maquiada de zumbi e lavar o rosto depois das fotos).

Mas dessa vez o feminismo não permitiu a agressão aos poucos cabelos que me restam. Afinal, fui convidada porque os noivos gostam de mim, não porque eu seja a Miss Universo.

O que não quer dizer que eu pretendia ia de chinelo e calça de moletom. As pessoas confundem “não se preocupar com a aparência” com o total desprezo à higiene e às convenções sociais. Eu só decidi não esquentar a cabeça.

(O que não quer dizer que o convite não fosse importante para mim. Era, muito. Tanto era que eu e o Maridinho fizemos questão de dar um presente legal. Tanto era que viajamos até BH para comparecer, mesmo estando superocupados. Tanto era que ficamos até a festa acabar para levar os noivos ao hotel.)

O que fiz foi simplificar. Eu tenho a sorte de ter uma irmã do mesmo tamanho que eu, então peguei o vestido emprestado. Sequei o cabelo em casa. Não usei acessórios (nem bolsa). Segurei a mão na maquiagem (e fiquem meus amigos avisados que, após o próximo casamento, não me sentirei mais obrigada a pintar a cara para comparecer a eventos).

Fiquei pronta rapidinho e sem despesa alguma. Chegamos adiantados à cerimônia. Reencontramos um monte de amigos. Batemos papo adoidado. Não gastei um único segundo pensando em retocar o batom. Me diverti a valer e foi muito, muito bom!

O único senão foi o diabólico sapato de salto alto e bico fino. Eu sei, “é lindo”. Mas 1) o salão da festa já estava decorado, então os noivos não precisavam que eu fosse mais um enfeite; 2) por que o valor “beleza” é superior ao valor “conforto”, ou melhor, ao valor “não ter os dedos dos pés em constante estado de esmagamento e o tendão de Aquiles em carne viva”?

A gente não precisa só de uma revista feminina feminista. A gente precisa também de estilistas feministas, urgente!

5 comentários:

  1. É uma boa pergunta: existe sapato de salto alto "feminista"? Ok, pelo menos que não seja desconfortável? Ou é uma contradição em termos?
    E Lud, ainda não entendi: vc vai trazer os posts do Lud e Leo (ao menos os que seguem a linha editorial deste blog) pra cá?

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  2. Que bom é que vc se divertiu!
    Quanto a sapatos, que bom que vc entende a minha longa história conflituosa com eles. Depois que eu deixei de comprar sapatos desconfortáveis ou que tenham saltos maiores do que 4 cm vivo mais feliz. Para festas, comprei lindos sapatos chanel, com salto decente (uns 5 cm), metalizados, que dão com tudo. Infelizmente, ainda não consegui eliminar o bico fino, mas ei de.

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  3. mas é o meu vestido MAIS BONITO, bobona! =)

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  4. Oi, bom dia, li no seu antigo blog que vc comprou roupas térmicas na sadae. Estou numa dúvida cruel em relação a marcas (Solo, Tecso, Acclimate, a própria termo dry da Sadae) e também com dúvidas no tamanho. Vc pode me dar uma big help? Vc aprovou suas roupas e o tamanho delas é igual ao que vc usa no dia-a-dia ou tem que ser um a mais? Bjs e espero ansiosamente sua resposta.

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  5. Lola, é uma ótima pergunta! Aliás, existe moda feminista? Ando pensando muito nisso!

    Não pensei em trazer os posts do Lud&Leo pra cá, não. Pus o link do blogue antigo ali à direita, e quem quiser passeia lá. Ou isso não costuma acontecer?


    Oi, Daninha! Sabe o que eu acho pior? É a gente ficar sacrificando nossos dedinhos sem questionar por quê diabos a gente tem de fazê-lo!


    Tem toda razão, Belinha: é o seu vestido mais bonito. Apesar de que ele concorre nariz a nariz com o vermelho da sua formatura. Obrigadíssima pelo empréstimo retroativo!


    Oi, KK! Olha, eu não comprei roupa térmica na Sadae: eu só sei que essa loja existe. Comprei as minhas em uma viagem (em promoção, hohoho). O que posso te dizer é que as minhas são tamanho P, que é o meu tamanho mesmo. A idéia é que roupa térmica fique bem justinha, como uma segunda pele, para conservar o calor do corpo. Ela não faz volume, então você usa por baixo das roupas de frio que você já tem.

    Uma idéia interessante é comprar roupa térmica no lugar onde você vai (estou supondo que você vai viajar para um lugar frio). Costuma ser mais barato e ter mais opção. Agora, se você estiver indo pra Antártica ou para algum destino pouco habitado, aí tem de sair equipada daqui mesmo.

    Boa sorte!

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