terça-feira, 17 de março de 2015

O caso do teste de personalidade

A irmã I. descobriu e me mandou: um teste de personalidade baseado em perguntas simples, que pode ser feito em 10 minutos e cujos resultados são assustadoramente pertinentes.

Dá pra fazer aqui em português ou aqui em inglês. A diferença é que, na versão em inglês, os resultados são dados com mais detalhes.

Meu resultado ficou entre "comandante" e "arquiteto", porque o teste ficou na dúvida se eu sou extrovertida ou introvertida (não sou muito sociável, mas gosto de ser o centro das atenções. Fui oradora da turma, por exemplo). Ambos os perfis são de gente analítica, crítica e objetiva. O lado ruim é que também podem ser arrogantes e impacientes.

Nenhuma novidade, né? De fato, mais de uma pessoa já me disse que eu intimido os outros. Mas aí eu fico pensando se, vindo de um moço, esse traço seria visto como autoconfiança e não como metideza. Porque, afinal, nossa sociedade espera que as moças sejam boazinhas, queridas e humildes. É até um problema que as mulheres enfrentam no ambiente de trabalho: no papel de chefes, se mostram características consideradas femininas, como empatia e delicadeza, são umas fracas; se mostram características consideradas masculinas, como firmeza e assertividade, são umas bruxas.

5 comentários:

  1. Oi Lud,
    Super pertinente essa observação quanto à percepção alheia a depender dos sexos. Tenho uma amiga que teve problemas no trabalho porque era considerada ambiciosa (ele recebia um salário menor que engenheiros menos qualificados que ela) e nervosa (por não concordar com determinadas coisas como quando quiseram que ela se encarregasse da decoração de Natal porque...ela é mulher), além de reclamarem que ela falava alto, nos seus colegas homens essas características eram vistas de forma positiva e até mudavam de nome, saber se impor, ser assertivo e ambicioso eram desejáveis, mas só nos homens, as mulheres deveriam ser docéis, meigas e se contentar com o que recebem sem reclamar.

    Ilka

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    1. Nos ambientes de trabalho prioritariamente masculinos deve ser pior, porque todos os colegas devem achar que podem julgar como a "estranha" deve se comportar para ser "aceita". Espero que a sua amiga não tenha desanimado!

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  2. O meu perfil é o do defensor/advogado. Combina com a minha profissão. Sobre os desafios com que nós mulheres temos que lidar, você está certa: a sociedade é machista e a tendência é de nos criticarem independentemente do nosso jeito de ser. Eu simplesmente liguei o foda-se dentro do possível e as pessoas no trabalho me acham um pouco agressiva, quando na verdade eu sou assertiva. Quem estiver insatisfeito terá de me engolir.

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    1. É uma ótima solução. E é legal que você é/vai ser um modelo para as novas integrantes da sua carreira, né?

      PS: e eu que imaginava que na sua área as pessoas seriam mais conscientes dos estereótipos e, portanto, não reproduziriam os comportamentos machistas... =(

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  3. oi, Lud! engraçado como são as coisas, né?! eu trabalhava num lugar onde o "colaborador do mês" era um rapaz intrometido (pró-ativo) e metido a fazer tudo, sem efetivamente resolver nada. na única vez que uma amiga minha tentou fazer isso, chamaram-a de atrapalhada e, sutilmente, sugeriram que ela devia tentar fazer uma coisa de cada vez.

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