terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Aos poucos

Faz dois dias que não acompanho as notícias do Brasil na internet, nem abro o Twitter, e meu humor já melhorou um bocado. Um pouco porque as notícias do Brasil têm sido bem ruins; outro tanto devido ao fato de que redes sociais e sites são viciantes, e eu gastava bastante tempo neles. Agora uso esse tempo para frequentar a piscina do prédio, ver RuPaul's Drag Race UK, e ler pedaços de livros no Kindle (não sinto a menor obrigação de ler um livro por inteiro: às vezes a introdução e a conclusão já resolvem).

Sim, o prédio tem piscina, e desde que a pandemia começou (março de 2020), é necessário marcar hora para nadar. O lado bom é que eu e o Leo ficamos com o espaço só para nós; o ruim é que cada apartamento tem direito a apenas 60 minutos, agendados no dia anterior ou no próprio dia. Não dá para sentir uma vontade espontânea de mergulhar. Mas, como a cada dia que passa mais horários vagos aparecem, não é difícil pegar o interfone e conseguir um horário dali a um tempinho. 

Pode ser isso, pode ser o remedinho mágico fazendo efeito. Só sei que estou me sentindo mais eu mesma, e fico muito feliz por isso. Acho que o pior de uma crise de ansiedade ou depressão é não se reconhecer, e não conseguir acreditar que a situação vai mudar, nunca. É bizarro para quem nunca teve a (péssima) experiência, mas para mim funciona assim. 

É verdade que a pandemia não ajudou em nada. Sem quarentena, eu teria viagens, encontros com os amigos, idas a restaurantes e cinemas etc. Quer dizer, atividades legais que ajudariam a me distrair e me divertir. O começo do isolamento foi tranquilo, e acho que para mim foi menos difícil do que para muitos, mas uma hora a gente cansa. 

Enfim. Vamos indo, um dia de cada vez, uma semana de cada vez, um mês de cada vez. Uma hora as coisas vão melhorar. 

7 comentários:

  1. Oi, Lud! Que bom que estão indo "bem" por aí!!

    Menina, eu não resisto mais a não comentar posts sobre "sair das redes sociais"!! Eu virei advogada da causa, hahaha.

    Nessa quarentena, eu que sempre fui meio contra redes sociais, fiz twitter, fiz insta e estava cada vez mais me afundando na miséria que eram esses sites. O ano de 2020 foi barra pra muita gente e acho que esses apps tendem a deixar pior. Assim que me formei, o primeiro que saí foi o whatsapp e MEU DEUS QUE ALÍVIO!! Tudo bem que uso o concorrente, mas pouca gente do meu convívio usa, então...

    Twitter e Instagram eu saí esse ano, acho que há poucos dias eles realmente excluíram a conta (pedem um tempo caso você se arrependa, né). O insta eu acho tranquilo, mas eu perdia muito tempo lá, muito mesmo. Eu assustei um dia que vi que a minha média estava em 5h!!

    Já o twitter me deixa mal, de verdade. E o negócio é tão viciante que eu tenho que me vigiar pra não acessar mesmo sem ter conta. Ali é uma espiral do desespero. Eu sou uma pessoa que sente e absorve as coisas demais e aquilo me consome. Odeio o que essa palavra se tornou, mas não tem termo tão bom como tóxico. Eu não consigo usar o site sem me estressar, então venho tentando cortar 100%.

    E a vida melhora, viu. Agora com o BBB então, eu iria surtar. Nada contra o programa, por mim pode passar o ano inteiro, mas é só isso que rola de assunto, toda hora alguém discutindo sobre o que alguém na casa fez. Isso ou sobre o que o despresidente falou.
    Notícias eu nem acompanho mais, o que for importante, realmente acaba te alcançado sem esforço.

    Desculpa o desabafo. XD

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    1. Ótimo desabafo, Andrea! Bom saber que não sou só eu que fui afetada pelas redes sociais. Elas são feitas para viciar, e é exatamente o que você falou: quando a gente vê, passou horas ali.
      Estou gostando de usar meu tempo para outras atividades =D.

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  2. Bizarro mesmo, nas minhas crises de ansiedade tinha pavor de não me reconhecer, parecia que nunca ia passar, sentia que estava enlouquecendo... que horror... já tentei ficar sem os remédios, mas sei lá sentia o fantasma da crise se aproximar.
    Como vc disse, a pandemia agrava as coisas né, sem poder visitar e ser visitada, ir a cinemas, viajar, o remédio no meu caso foi fundamental.

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    1. Jane, eu já passei por fases que, com orientação médica, diminuí e depois parei com o remédio. Mas acho que demorei a voltar quando precisei - fiquei sofrendo sem necessidade.
      Pandemia não está fácil para ninguém. Vamos torcer para as coisas se resolverem este ano...

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  3. Oi Lud,

    Que bom que você está melhor!

    Eu nunca tive facebook, nem twitter, nem instagram. Não sinto falta. É muita opinião sobre tudo, me cansa muito. Às vezes acho que é melhor a gente nem saber a opinião das pessoas sobre alguns assuntos, corre o risco da gente virar ermitão.

    Um abraço,
    Daniela




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  4. Daniela, eu demorei muito para aderir. Para mim, o Facebook funciona para formar grupos de amigos ou colegas de trabalho - e mesmo assim, a ideia é dar uma espiada só de vez em quando.
    Sim, é melhor não saber tanto sobre as outras pessoas. Às vezes vou adquirir um serviço e descubro que o fulano/estabelecimento é muito desagradável. Aí nem quero mais.

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  5. Não vale a pena acompanhar as noticias no Brasil neste momento. Estão usando uma tragedia para palanque eleitoral. Desejo suade e paz

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