Era uma vez três irmãs sobre as quais recaiu a maldição dos transportes.
A irmã mais velha foi visitar a sogra, rodou na estrada e chamou o reboque. Pegou outro carro, descobriu na estrada que estava sem os documentos, voltou ao ponto de partida. O carro que foi para o conserto não fica pronto, nunca.
A irmã mais nova saiu dos Estados Unidos numa quinta-feira à tarde e só chegou no Brasil no domingo na hora do almoço. Enfrentou neve na estrada, conexão perdida, falha mecânica, mala extraviada e motorista de táxi que se perdeu no caminho.
A irmã do meio foi passear e o motor esquentou, muito. Mandou para a oficina, trocou o selo do cabeçote do motor e fez revisão. Três dias depois pegou a estrada e a bateria pifou num ponto em que não havia sinal de celular. Ela e o Maridinho pegaram carona até o trevo da cidade mais próxima, ligaram para o seguro e ficaram esperando o reboque sob o sol escaldante das três da tarde. Foram para a oficina autorizada e bancaram uma bateria nova. Seguiram viagem e a bateria pifou de novo dentro da cidade. O mecânico seguinte diagnosticou que o problema não era a bateria, mas o alternador.
Todos os eventos acima ocorreram no espaço de um mês.
Não sei exatamente como foi com as irmãs mais velha e mais nova, mas a irmã do meio ficou muito feliz com suas roupas práticas, seus sapatos confortáveis e seu cabelo curto quando teve de se enroscar em cima do Maridinho em cima do banco do passageiro de uma Fiorino para chegar ao lugar que pegava celular, caminhar um bocado na estrada e esperar socorro no meio do nada, tudo isso numa temperatura acima dos trinta graus.
Tadinha! A gente tem que benzer - Isa, cadê o sal grosso? =)
ResponderExcluirÉ, Isa, cadê o pai-de-santo cheio de baianidade nagô?
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