quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Caso do Ser ou Não Ser (Mãe)

Eu não penso muito em ter filhos, mas de vez em quando eu penso. E às vezes quero, às vezes não quero, e a decisão a que eu cheguei é que vou deixar a decisão pra depois, quando o Maridinho tiver passado em um concurso, e eu tiver escolhido uma carreira definitiva, e o Rio sediar as Olimpíadas e...

É verdade que eu tenho 33 anos, então não dá para deixar a decisão para um futuro muito longínquo. Mas essa questão eu já resolvi: se eu não consegui engravidar quando eu quiser, adoto. E não me digam que filho adotado não é a mesma coisa: filho é filho, uai. E o adotado tem a grande vantagem de já vir pronto. Principalmente se já tiver uns dois aninhos e começando a falar, hehe.

(Sem falar que sempre tem a chance da irmã I. - somos praticamente cópias genéticas – engravidar, não querer o bebê e me dar para criar. A chance é pequena, porque a irmã I. é diligente com métodos anticoncepcionais, e também não tenho certeza se ela ia querer bancar a Juno, mas quem sabe?)

De qualquer forma, os planos B e C não valem nada se eu não decidir colocar o plano A em ação. E aí é que mora a grande dúvida. Porque ser mãe, né? É uma responsabilidade. Pelo menos já tirei da cabeça que para ser uma boa mãe eu teria de prover os filhotes com escolas internacionais, intercâmbios variados e viagens ao exterior freqüentes (para eles praticarem línguas, pólo e iatismo, claro). E também não esquento com o fato de a minha própria genitora (aquela mulher sem vaidade) ter dito, num certo Natal, que ela não achava que eu ia ser uma boa mãe.

Ela já tinha tomado umas cervejas, e vocês sabem, in vino veritas (isto é, cachaça é soro da verdade). Mas tudo bem, porque eu acho que, pra ela, maternidade é sinônimo de cuidar da comida, da roupa e da saúde. E ela acha que, pra mim, é contar historinha, usar fantasia, dançar na mesa da sala e ensinar como funciona o sistema solar (Sim, foi esse o método que usei com a irmã I., que é oito anos mais nova que eu, com ótimos resultados. Vocês não acham que o mínimo que ela pode fazer em sinal de gratidão é me presentear com seu filho primogênito? E um suprimento vitalício de chocolate? Pois é, eu também acho). Mas é claro que eu sei que comida, roupa e saúde são importantes. E não tenho a menor intenção de deixar menines passarem fome (ainda mais estando de posse de um suprimento vitalício de chocolate).

Enfim, tá tudo organizado aqui na cabecinha. Só não apareceu ainda a janela apropriada. Porque eu tenho um monte, um monte de coisas a fazer antes de me reproduzir. Mas não se preocupem: tenho certeza de que no meu aniversário de 50 anos estarei praticamente decidida a respeito.

11 comentários:

  1. =D
    Esquenta não, que se eu tiver um menine, eu empresto ele procê pra fazer test-drive... E a parte da comida e assemelhados eu boto fé no Leo ;P
    Tem um monte de gente que tem um monte de menine, e a gente aqui estressando por antecipação com a morte da bezerra... Até os 50 (ou 60) tem bastante tempo pra mudar de idéia muitas vezes.

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  2. FILHINHOS!...
    quero nem saber. menines já! quero ser tia! e não quero PARIR MEUS SOBRINHOS! =D

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  3. Pra você ser mãe é "contar historinha, usar fantasia, dançar na mesa da sala e ensinar como funciona o sistema solar"?!?!?! Você vai ser uma ótima mãe então! É isso que importa, ora bolas! Se menines estiverem passando fome, sem roupa ou doente não vai dar pra fazer essas coisas legais, então tenho certeza que vocês vão cuidar dessa parte chata também! =D

    Tô dentro da campanha "menines já"!

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  4. Nãããão.... não mexe com isso não! rs... lembra que no caso você vai ser a MÃE, não A IRMÃ MAIS VELHA! E você, que é bem responsável e um pouquinho estressada, nao vai querer menine dançando em cima da mesa! rs...
    bjo,
    Chris

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  5. Olha só, vc está racionalizando demais... Na hora do vamos ver, tudo vem à tona, o seu instinto toma conta e até a sua comida fica mais gostosa... É uma coisa!

    A natureza é perfeita! Acredite nisso! A única coisa que não pode faltar nunca, nunquinha mesmo, amor e um bocado de paciência. Ah, paciência precisa, viu!!! E, infelizmente, não está atrelada à sua personalidade ou instinto, ela requer prática!!!

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  6. Você traduziu exatamente as minhas angústias e decisões até o momento (tenho 34), embora eu não espere que minha irmã ceda seu primogênito :)

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  7. haaha também partilho da mesma angústia que vc... tem dias que dá uma vontade de ser mãe... mas daí a preguiça vem logo em seguida e mina com tudo. Acho que @ menine teria que cuidar de mim, mais que eu cuido del@ e isso não seria muito justo. Enfim. Ainda bem que a humanidade não precisa de pessoas como eu pra dar continuidade à espécie, senão...

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  8. Eu tinha exatamente esse tipo de dúvida... achava que tinha que fazer tudo ANTES de ter filho. Se fosse esperar a hora certa, acho que ia esperar o resto da vida, porque sou organizada e quero pensar tudo antes. Mas aí engravidei aos 33 anos, descobri 15 dias antes do meu casamento. Hora inapropriada, né? Não ia dar tempo de ir a Nova Iorque, de fazer uma viagem pra Itália e de curtir a casa nova fazendo muitas festas com os amigos... Choro e ranger de dentes!! Como pude deixar isso acontecer??
    Resultado: foi a melhor coisa que me aconteceu!! (é clichê, mas é verdade, juro) Ser mãe é maravilhoso, tudo de bom. Agora, aos 35 anos, estou tentando engravidar do segundo filho.

    PS: ter filho nunca foi meu sonho pra vida, sempre tive outras prioridades.

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  9. Visitantes queridas,

    que bom que tem gente que tem dúvidas e gente que tem filhos! Tão bom isso, né? A variedade.

    Eu não tenho dúvida que, se eu ficar grávida, vou amar a/o menine de montão. Porque uma amiga da área da saúde já me contou que tem altos hormônios que o corpo produz na gravidez e meio que "maternaliza" as pessoas. O que é tenho dúvida é se quero me "maternalizar"!

    Beijos!

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  10. Bem, será uma chamado da natureza? rsrsrs
    Estou a 2 meses de fazer 33 anos e tenho pensado bastante nisso também...
    Mas deixar de lado minha vidinha de sair, beber, bater papo com amigos, acordar tarde no sábado, acordar com preguiça e pedir um galeto para o almoço, viajar...
    Não sei se estou preparada pra isso.
    Mas sei também que ter filhos depois dos 35, 40 deve ser pior!
    Então já decidi: se não parir até os 35, depois não quero mais!

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  11. Poxxa,
    vim aqui por causa do concurso de blogs da Lola...tava demorando para encontrar um blog realmente divertido - do meu ponto de vista, dentre os que ela indicou...

    bom, ter ou não ter - se liga nisso não...se der vontade, eu te digo, é uma delícia, tenho 2, sozinha, o único lugar que dificulta é a grana que a sociedade rouba para uns poucos e deixa um monte, zilhoes, e eu estou no meio...com quase nada para realizar os seus desejos - no meu caso, foi ser mãe, mas eu desafio cotidianamente as dificuldades me impostas e mantenho a fibra, minhas filhas são uma coisa fofa de enlouquecer, a pele mais incrível do mundo que eu já toquei, só isso já valeu a experiência...

    beijo, bom blog. Ale

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