quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Caso do Túnel do Eixão

Como minha bússola interna veio quebrada, o Maridinho está me ensinando a chegar nos lugares. Já que a gente gosta de caminhar no fim da tarde, colocamos tênis e saímos serelepes por aí, fazendo reconhecimento de terreno e um pouco de exercício ao mesmo tempo.

Para passar de um lado de cada asa para outro, é necessário atravessar três pistas largas: dois eixinhos e um eixão. São vias de alta velocidade, sem sinais de trânsito nem faixa para pedestre (já que o objetivo é permitir que o tráfego flua livremente). Quem quiser cruzar passa por baixo das pistas, em uns túneis semi-subterrâneos.

Hoje passei pelo meu primeiro. Ah, o horror. É escuro, o cheiro de xixi é horrível, e a limpeza passa longe. Não estou sendo fresquinha: dos grafites na parede eu gostei. Mas fiquei chocada com a falta de conservação da passagem. E olha que não éramos os únicos por ali: eram sete da noite e o movimento era razoável (ou seja, não fiquei com medo, só com o nariz tampado).

Para voltar pra casa, o Maridinho apostou que dava para atravessar pelo metrô. Funcionou, e a estação era nova, limpa e linda. E tinha muito mais gente usar para chegar no outro lado, claro. Mas continuei indignada: pô, não dá pra abandonar os túneis.

Já estou investigando na internet com que órgão vou reclamar.

3 comentários:

  1. Ludmila,
    adoro acompanhar suas aventuras!
    Me identifico com suas lutas, mas tenho ido meio na contra-mao nos ultimos anos. Comecei a usar maquiagem e fazer as unhas, hehehe. Sucesso.

    ResponderExcluir
  2. Oi, Lud

    Menina, eu sou a desorientada-mor. Agora me imagine dirigindo soziha nessas famigeradas tesourinhas de Brasília. Um tanque de gasolina por passeio. Ódio.

    Bom ver que você está ambientada e já engajada em melhorar "sua cidade". É isso aí, garota. Vai ser mais fácil quando eu quiser mandar recado pra Dilma. ;-)

    Beijocas
    Rita

    ResponderExcluir
  3. Oi, Ludmila.

    Sou de Brasília e tenho acompanhado toda essa sua saga de chegada aqui na cidade seca.
    Quanto as passagens subterrâneas no plano piloto, o problema é justamente quem é o responsável por elas. A administração de Brasília fala que é do DER, que por sua vez fala que é da novacap e por aí vai.
    Pra terminar, tem o Iphan, que barra vários projetos no plano piloto devido o tombamento da cidade. Difícil, né?

    Abraço.

    Daniel

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...