quinta-feira, 25 de março de 2021

Guia minimalista de beleza, parte II

Faça o mínimo. 

Pronto, é isso. 

* * * 

O ponto de partida são os cuidados básicos: tomar banho, lavar o cabelo, cortar as unhas, escovar os dentes. Ou seja, higiene. A partir daí, é tudo opcional. Não é incrível?

Quando me dei conta disso, parei com tudo mesmo. Foi ótimo. Ninguém morreu. Minha mãe reparou e criticou, claro. Ignorei solenemente. Depois voltei a usar batom (um batom! Uma única cor!) e esconder as olheiras de vez em quando. E a usar condicionador. 

Não consegui me livrar da depilação, mas hoje eu não tenho aquela neura. 

Na prática, o caminho é muito pessoal. Uma amiga minimalista tem uma lista de produtos para os cachos. Outra demorou para parar o esmalte. Não tem regra, é o que você achar melhor. 

E a ideia não é sofreeeer. Muito antes pelo contrário: a ideia é se reafirmar como indivíduo, ter consciência das exigências sociais, exercer a própria autonomia. 

Para mim, tem sido muito bom, gratificante e lucrativo (um real economizado é um real ganho!)

No próximo post, Guia minimalista de moda. 

9 comentários:

  1. Olá Lud, é sempre um caminho com idas e vindas, o importante é fazer o importante PRA VOCÊ. Eu não tinha o hábito de me hidratar, mas com a idade os repuchamentos da pele começaram a me trazer desconforto. Então hidrata, uai. Acho lindas unhas vermelhas? Acho. Tô afim de comprar produto/fazer toda a semana essa tarefa? Ahn... Não, brigada. Mas respeito quem gosta. Ignorar a opinião alheia é tão libertador.

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  2. Lud, já ouvi de uma colega que "Não é justo a mulher *ter que* usar salto, depilar, usar maquiagem (etc) enquanto os homens não". Acho triste isso, essa cultura tão enraizada que a pessoa nem cogita que, imagine só?, ninguém tem que nada. Realmente não é fácil desconstruir esse pensamento, mas é libertador. Acho que as grandes sacadas nesse processo é o autoconhecimento e a partir dele priorizar o que te importa.

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    1. Maju, eu entendo esse questionamento porque em muitos círculos isso é realmente necessário. Profissões que obrigam, mesmo que implicitamente, que a mulher use salto alto e maquiagem, por exemplo. E o homem só precisa de uma roupa social e está pronto.

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    2. É "necessário" até as pessoas começarem as desconstruir, né? As mulheres também, pondo de lado o policiamento e a competição. É difícil, mas um dia a gente chega lá.

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  3. Oi, Lud! Uma coisa que eu me desapeguei e não me vejo voltando, ainda mais agora durante a pandemia, é cabelo comprido! Que alívio foi poder lavar os cabelos todos os dias, à noite!!, e não ter preocupação de "ele vai secar? vou precisar arrumar?". Até em como eu dormia eu tinha que prestar atenção porque bagunçava o cabelo. Sinto falta dos meus cachos coloridos, mas sinceramente, eu pagava muito caro por eles. (E nem estou falando do monte de produtos que usava!!)

    "[...] é tudo opcional. Não é incrível?"
    INCRÍVEL demais quando a ficha cai.

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    1. Que beleza, Andrea! É isso aí, é uma delícia nos libertar do que não vale a pena. E a gente também descobre que a nossa "personalidade"/"valor" não está no cabelo, ou na maquiagem...

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  4. É maravilhoso você ter direito de escolha essa questão de padrões de beleza está tão enraizado na nossa história que nós mesmas nos achamos estranhas quando mudamos algum hábito. Eu por exemplo estou no processo de abandono do esmalte e maquiagem não só por me reafirmar como mulher livre para escolher o que eu quiser mas principalmente pelos malefícios à minha saúde e ao meio ambiente, mas está sendo difícil porque desde a adolescência uso então não é tão fácil assim desapegar mas estou na luta.

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    1. É difícil mesmo, Anônima. Acho que é por isso é tão importante ter muita consciência da razão de mudar de hábitos. Às vezes a gente reformula a vida inteira numa dessas...

      Se você lembrar que não está fazendo votos eternos de nunca mais usar nenhum cosmético, talvez a transição fique mais leve. Focar também no que você ganha, em vez de no que está perdendo, ajuda muito.

      Beijos, boa sorte e estamos aí!

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